A estomatite protética em humanos foi estudada, pelo autor, sob o ponto de vista clínico e terapêutico. Registraram-se os dados da anamnese, exame clínico, história médica, social, familiar e bucodental, uso de medicamentos, dieta alimentar usual, medicação usual, tempo e modo de uso da prótese e higiene protética habitual. Foi feita pesquisa de ocorrência de perda da dimensão vertical de oclusão, de queilite angular, da associação destas alterações, medida do pH da película salivar entre a base da prótese e a mucosa palatal de sustentação, teste alérgico protético e estudos microbiológico, citológico e histológico do material colhido da lesão. Nos 32 pacientes estudados, todos com diagnóstico clínico de estomatite protética, houve predominância de pessoas de meia idade e idosas (média de 47. 59 anos) e de sexo feminino. As lesões eram todas benignas, de caráter inflamatório crônico e de etiologia multifatorial. O estudo terapêutico (fase experimental) durou 30 dias, com avaliação clínica no dia inicial, no 15º dia e no 30º dia. Foram utilizados, de maneira isolada e/ou associada, controle de dieta alimentar, de higiene mecânica da prótese e desinfecção protética com Purific. Constatou-se que a associação do controle da dieta, da higiene mecânica da prótese e da desinfecção protética é a conduta mais eficaz, além de ser conservadora, de fácil execução e baixo custo