Este trabalho objetivou avaliar in vitro o aumento de temperatura gerado na câmara pulpar de incisivos inferiores permanentes humanos, em decorrência do clareamento a laser, utilizando dois métodos: termopar e câmera termográfica. No primeiro, um termopar tipo K, conectado a um sistema de medida de temperatura, foi introduzido através do ápice radicular de 72 espécimes até sua câmara pulpar. Dois agentes clareadores - Whiteness HP (HP) e Hi Lite (HL) - ambos peróxido de hidrogênio a 35 por cento, foram testados, tendo sido aplicados às faces vestibulares dos espécimes e irradiados por 30s, com um laser de diodo (808 5nm) em regime contínuo, nas intensidades de 21,3W/cm2, 28,7W/cm2, 34,4W/cm2, 37,9W/cm2, 50,9W/cm2 e 61,1W/cm2. O mesmo laser e clareadores foram empregados na análise de 36 espécimes com a câmera termográfica nas intensidades de 21,7W/cm2, 30,9W/cm2, 37,2W/cm2, 38,5W/cm2, 54,9W/cm2 e 66,2W/cm2. Os resultados mostraram que as médias das máximas elevações de temperatura na câmara pulpar quando utilizado o HP foram estatisticamente superiores às do HL, independente do método de medida [termopar (p < 0,01): HP = 5,2ºC X HL = 4,4ºC; câmera termográfica (p < 0,1): HP = 2,9ºC X HL = 2,1ºC]. Com o termopar, verificou-se que o aumento de temperatura (5,9ºC) gerado pela maior intensidade de irradiação (61,1W/cm²) destacou-se dos demais mostrando semelhança estatística apenas com a intensidade de 50,9W/cm² (5,4ºC). As interações desses dois mais altos parâmetros com o HP foram responsáveis por temperaturas superiores a 5,5ºC (6,4ºC com 50,9W/cm² e 7,0ºC com 61,1W/cm²), considerada como limite para evitar danos pulpares...