Associação da periodontite crônica ao transtorno depressivo maior
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Foi conduzido um estudo transversal para investigar se pacientes com Transtorno Depressivo Maior tinham maior probabilidade de apresentar periodontite crônica. Além disso, avaliou-se a correlação entre parâmetros clínicos periodontais e variáveis relacionadas à depressão. A profundidade clínica de sondagem (PCS) e o nível clínico de inserção (NCI) foram registrados em 6 sítios por dente. A presença de placa foi registrada pelo índice de placa (Silness; Lõe, 1964) e a condição gengival pelo índice gengival (Lõe; Silness, 1963). A depressão foi avaliada por meio da Entrevista Clínica Estruturada (SCID), um instrumento desenvolvido para gerar diagnósticos segundo as definições e critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quarta edição (DSM-IV). A gravidade do quadro depressivo foi avaliada pela Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D 31). Informações sobre a história médica, hábitos e dados demográficos também foram coletados. A amostra total foi composta por 79 indivíduos, 19 doentes (2 sítios com NCI ? 6mm em 2 ou mais dentes e um ou mais sítios com PCS ? 5mm) e 60 sadios. As variáveis demográficas foram comparadas entre os grupos e observaram-se diferenças estatisticamente significativas somente para a idade (p=0,004). As variáveis relacionadas à depressão não foram associadas às variáveis periodontais. Todas as variáveis, até aquelas que não mostraram significância estatística, foram utilizadas no modelo de regressão logística. Os resultados desta análise mostraram que pacientes fumantes e ex-fumantes apresentavam maior risco para periodontite estabelecida (OR: 9,36; IC: 2,33-37,61). Neste modelo a depressão não aumentou o risco para a doença periodontal