O objetivo deste estudo foi avaliar a porcentagem média de perda óssea alveolar (porcentagem MPOA) em radiografias de pacientes encaminhados a periodontista para tratamento. Foram empregadas séries de 14 radiografias periapicais, tomadas com a técnica do paralelismo, de 213 pacientes (noventa homens e 123 mulheres) com idade média de 44,3 anos e avaliamos 9608 superfícies proximais de 4804 dentes. A perda óssea alveolar foi dada como porcentagem média baseando-se na técnica de Schei et al. (1959).

Também usamos os mesmos pontos de referência:

distância junção esmalte-cemento à crista óssea alveolar e distância junção esmalte-cemento ao ápice dentário, medidas com auxílio de paquímetro digital. Nossos resultados mostraram que a porcentagem média de perda óssea alveolar foi de 22,39 porcentagem. Homens exibiram maior porcentagem MPOA que mulheres; a arcada superior exibiu porcentagem MPOA maior que a inferior; as superfícies distais mostraram porcentagem MPOA maior que as mesiais; a porcentagem MPOA aumentou com a idade, embora as diferenças entre os grupos etários foram consideradas estatisticamente não significativas (p>0.05); a porcentagem MPOA foi maior nas proximais dos dentes dos hemiarcos direitos que dos esquerdos (p>0,05). A mais alta porcentagem média de perda óssea alveolar foi encontrada no grupo dos molares, seguida pelo grupo dos incisivos e grupo dos pré-molares; o grupo dos caninos exibiu a mais baixa porcentagem MPOA. As diferenças entre os grupos dentários foram consideradas estatisticamente significativas (p<0.01). Foi discutido o emprego desta técnica nos consultórios e clínicas radiográficas para documentação e classificação dos pacientes e para futuras comparações sobre nível ósseo alveolar