Neste livro reflito o "entendimento de corpo" que permeia a prática de esportes nas dimensões escolar, de lazer e de alto nível. Partindo de uma análise histórica sobre o corpo na sociedade ocidental, o corpo antes do domínio cristão; o corpo sob o domínio do cristianismo; o corpo a partir da ciência tradicional; e, o corpo na prática do esporte moderno; busquei demonstrar a complexidade do fenômeno esportivo e apresentar sinteticamente as teorias de Le Boulch, Parlebas e Manuel Sérgio, no sentido de apontar com seus conhecimentos para a preparação do diálogo com os praticantes. A interpretação da fala dos praticantes tornou possível vislumbrar que para o praticante de esporte o ser humano é dual, e o seu corpo é visto de forma fragmentada e como um instrumento que deve ser preservado, condicionado e aperfeiçoado para o máximo rendimento. Não passou despercebida a irreflexividade do corpo praticante, que impede o avanço de novas interpretações e práticas diferenciadas do esporte, no sentido de ser bem utilizado para o benefício do homem