Indice de massa corporal e fatores associados, em funcionários do Banco do Brasil/Rio de Janeiro
Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Escola Nacional de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader: Camacho, Luiz Antonio Bastos
Descreve o perfil antropométrico de funcionários do Banco do Brasil ativos nos CESECs (Centros de Processamento e Serviços e Comunicações) do Estado do Rio de Janeiro, através do índice de massa corporal (IMC), bem como busca identificar associações estatísticas entre IMC e fatores tais como, condições sócio-demográficas, quadro funcional, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, padrão alimentar e fatores reprodutivos. Realiza também uma análise comparativa da distribuição do IMC dos bancários com dados da pesquisa nacional sobre saúde e nutrição, por sexo e renda.Trata-se de um estudo seccional, com amostra probabilística do tipo aleatória simples, constituída por 647 bancários, que responderam a um questionário auto-preenchido no ambiente de trabalho. Os dados foram coletados entre agosto a dezembro de 1994. A prevalência estimada de sobrepeso grau I foi de 27,8 por cento e a de sobrepeso graus II e III foi de 6,4 por cento. O sobrepeso aumentou com a idade e foi aproximadamente 3 vezes maior em homens do que em mulheres. Os homens apresentaram frequência maior de consumo de bebidas alcoólicas, de ingesta de alimentos ricos em carboidratos e consumo menor de verduras, legumes e frutas; ambos os sexos referiram praticar atividade física em proporções semelhantes (40 por cento), sendo que este hábito mostrou "efeito protetor" para sobrepeso; ex-fumantes apresentaram maior chance para o sobrepeso comparado a não fumantes e o consumo de bebidas alcoólicas mostrou associação inversa com o IMC tanto para homens como para mulheres, embora não estatísticamente significativa. Na regressão linear, as covariáveis sexo, idade, escolaridade, tabagismo e consumo de açúcar mostraram efeito importante sobre o IMC. No modelo de regressão logística, observou-se associação entre IMC ò> 27 kg/m² e sexo, idade, prática de atividade física, consumo de açúcar e situação conjugal. As variáveis referentes aos fatores reprodutivos não mostraram associação com o IMC, o que pode ter sido devido ao tamanho da amostra. A relevância do excesso de peso nesta população, evidencia a necessidade de planejar e desenvolver medidas de prevenção e controle, direcionadas com mais ênfase aos bancários do sexo masculino, que apresentaram também maiores prevalências de outros fatores de risco.