La Racionalidad de la cura: mito y simbolo en la terapeutica moderna
Publication year: 1990
Theses and dissertations in Español presented to the Escola Nacional de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader: Minayo, Maria Cecília de Souza
Analisa a relação existente entre o modelo médico dominante e o marco geral do fazer científico na sociedade moderna. Parte da hipótese geral da existência de uma clara relação entre as características do modelo de cientificidade, fundamentado em critérios de verdade, objetividade e cientificidade, e a terapêutica médica. Mostra que esta concepção mecânica do universo se expressa na compreensão da enfermedade e da terapia, enquanto o corpo humano é entendido como uma máquina, e a enfermedade como uma avaria que lhe falha em seu funcionamento. Igualmente, defende o ponto de vista de que os critérios de verdade, cientificidade e objetividade que fundamentam o fazer científico foram convertido em um mito da prática científica, aparecendo como a garantia para alcançar um conhecimento verdadeiro e convertendo-se no único caminho aceitável e válido para a comunidade científica, no processo de conhecer a realidade. Este mito se expressa, na prática médica, na ilusão da possibilidade de acabar com as enfermidades, se determinados procedimentos frequentemente de ordem técnica forem empregados. Analisa também como a prática médica, e em geral, todo o modelo biomédico, faz uso de uma série de recursos simbólicos, que respondem e perpetuam seu caráter mítico. Estes símbolos garantem a continuação ou imposição ideológica de uma determinada maneira de conceber o fenômeno saúde-doença e de desenvolver a terapêutica. Ao nível simbólico, expressa a imposição sobre outras racionalidades terapêuticas e outros modelos médicos, de uma determinada concepção médica da ideologia dominante na sociedade capitalista. No caso da terapêutica médica e, concretamente, na relação médico-paciente, e no emprego do medicamento como recurso terapêutico, mostra quais são estas expressoes simbólicas e qual é o seu papel. Finalmente, mostra como em outros modelos médicos ou em outras terapias, existem representaçoes da enfermidade que tentam superar o reducionismo biomédico, e como estes modelos vêm desenvolvendo processos terapêuticos alternativos que se transformaram em novas soluçoes para enfrentar a enfermedade. O mundo dos símbolos, analisado no modelo biomédico é encontrado nestes outros modelos, adquirindo outros significados e cumprindo outros papéis na terapia, o que demonstra a importância de novos significados à saúde, à enfermedade e a terapia. (CPG)