Avaliação in situ do efeito erosivo de um refrigerante, associado ou não à escovação e ação salivar, em dentes humanos e bovinos
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Bauru to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Este estudo "in situ" se propôs a analisar o efeito erosivo de refrigerante tipo cola(ERO) no esmalte dentário humano ou bovino, associado a diferentes condições de abrasão, (escovação imediata/Já ou mediata/ 1H) e avaliar a capacidade do fluxo salivar estimulado por chiclete em diminuir alterações no esmalte dentário. Durante dois períodos experimentais cruzados de 7 dias, 9 voluntários previamente selecionados utilizaram um dispositivo intrabucal palatino contendo 12 espécimes de esmalte (6 humanos e 6 bovinos), aleatorianmente selecionados e distribuídos em três fileiras horizontais, cada uma com 4 espécimes, dois bovinos e dois humanos. No primeiro período (P1), os voluntários imergiram o aparelho em 150 ml da bebida, durante 5 minutos, nos horários pré-estabelecidos (8h, 12h, 16h, 20h) em seguida escovaram com dentifrício fluoretado quatro espécimes de uma das fileiras indicada com "JÁ" e recolocaram o aparelho. Depois de uma hora escovaram mais quatro espécimes de outra fileira indicada com "1h" e nada realizaram na fileira restante (ERO). Já no segundo período (P2), repetiram-se os mesmos procedimentos, no entanto após a imersão da bebida, os voluntários estimularam o fluxo salivar, mascando um chiclete sem sacarose por 30 minutos. A análise da alteração do esmalte foi realizada por meio de testes de microdureza (%PDS) e perfilometria. A análise de Varância e o teste de Tukey foram aplicados encontrando-se difrenças estatísticas (p < 0.05) em todas comparações descritas abaixo. A porcentagem de perda de dureza foi maior para o substrato humano e o desgaste maior para o bovino. A ação do chiclete promoveu menor desgaste e menor perda de dureza. Observou-se uma perda de duraza decrescente e um desgaste crescente para as seguintes condições: ERO, 1h e JÁ. Os resultados sugerem que após um ataque erosivo a estimulação salivar diminui o desgaste dentário e , quando há associação com a abrasão pela escovaçã é melhor que esta seja postergada por uma hora