A Identificação e o diagnóstico das Disfunções temporomandibulares (DTM) constituem passos extremamente importantes para a elaboração de um plano de tratamento apropriado. Apesar da existência de diferentes métodos de avaliação e detecção dessas patologias, que incluem índices anamnésicos, escalas de dor e técnicas da palpação, ainda não há um método universalmente aceito por clínicos e pesquisadores. Alta sensibilidade e baixa especificidade ainda sõa problemas potenciais na maioria dos testes existentes. Desse cenário ainda fazem parte os métodos auxiliares, como as imagens da ATM, além de métodos eletrônicos e computadorizados, como os exames de polissonografia, para a detecção de bruxismo notruno. Assim, o objetivo desse trabalho pe realizar uma avaliação retrospectiva e crítica dos diversos trabalhos previamente realizados ou orientados pelo autor na área em questão. Para tal, foram selecionados oito artigos científicos, publicados ou submetidos para publiação entre os anos de 1996 e 2004, em revistas indexadas, publicadas na língua inglesa. Dentre os artigos selecionados, três relacionam-se a diagnóstico por meio de escalas e índices anamnésicos, três tratam de métodos de exame físico das DTMs e dois avaliam a validade de métodos complementares de diagnóstico (ressonância magnética e polissonografia). Após a discussão da metodologia e resultados encontrados nos diversos trabalhos, conclui-se que ainda não há um método capaz de identificar sub-grupos de diagnóstico e que expresse, de maneira quantitativa, a presença de sinais e sintomas de DTM. Ainda, pode-se notar que a calibração prévia dos profissionais aumenta consideravelmente a confialbilidade do exame físico e que exames complemetares são coadjuvantes importantes quando da necessidade de existência de padrões de referência para comparação em pesquisas clínicas. Os resultados desses testes, no entanto, nem sempre se apresentam, relacionados à presença de sintomas de DTM. O autor sugere uma concentração de esforços em trabalhos que objetivem o desenvolvimento de um índice unificado e válido, que possa servir tanto a clínicos como a pesquisadores