A partir de laudos anatomopatológicos com diagnóstico de Fibroma Odontogênico Periférico (FOP) e Fibroma Odontogênico Central (FOC) do serviço de Anatomia Patológica da FOB-USP, surgiram dúvidas quanto à natureza e à nomenclatura destas lesões. Propusemo-nos a comparar estas lesões por meio da coloração H.E. e imuno-histoquimicamente, utilizando-se marcadores para actina muscular, citoqueratina 8 e desmina, correlacionando os resultados com possíveis hipóteses da origem dessas lesões. Utilizaram-se 76 FOP e 45 FOC. Os resultados mostraram que o FOP tem marcante predileção para o gênero feminino, maxila e raça branca, ocorrendo entre a segunda e terceira décadas. Microscopicamente, apresentou epitélio pavimentoso estratificado hiperplásico, às vezes, ulcerado. No estroma, observou-se infiltrado inflamatório mononuclear, tecido mixóide, cementoosteóide e poucas ilhotas de epitélio odontogênico. O FOC teve uma maior ocorrência no gênero feminino, mandíbula, raça branca e entre a terceira e quarta décadas. No estroma, observou-se a presença de tecido mixóide, cementoosteóide e epitélio odontogênico em 23,6 por cento dos casos. Na análise imuno-histoquímica para actina muscular, citoqueratina 8 e desmina, não houve marcação, concluiu-se que o FOP e o FOC não apresentam imunofenótipo para miofibroblastos. O componente epitelial dos Fibromas Odontogênicos revelou variabilidade na sua apresentação morfológica e numérica, na marcação da citoqueratina 8. O FOP apresentou uma nova variável mineralizada