Análises microscópica e radiográfica do reparo de defeitos confeccionados em fêmures de coelhos preenchidos com matriz óssea bovina medular em bloco ou cortical em microgrânulos

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Bauru to obtain the academic title of Doutor. Leader:

O objetivo deste trabalho foi avaliar o reparo ósseo em defeitos de tamanho não crítico tratados com enxerto de matriz orgânica de osso bovino medular em bloco ou de osso cortical em microgrânulos de 0,25-1,0mm (ambos materiais Gen-Ox®- Baumer-SA Brasil). Foram confeccionados defeitos ósseos de 6mm de diâmetro por 8mm de profundidade usando trefina cirúrgica, em ambas epífises distais dos fêmures de coelhos machos Nova Zelândia, sendo 15 defeitos preenchidos com matriz óssea em bloco (grupo experimental I), 15 com matriz óssea em microgrânulos (grupo experimental II) e 15 com coágulo sanguíneo (controle). Os animais de cada grupo foram mortos 30, 90 e 180 dias após a cirurgia. As epífises foram coletadas, fixadas e radiografadas usando o sistema de radiografia digital Digora e filmes periapicais convencionais. As imagens digitais (modos positivo e negativo) e as radiografias convencionais foram avaliadas por dois examinadores através de escores. Após isso, as epífises foram desmineralizadas com EDTA e incluídas em parafina. Foram obtidos cortes com 6µm de espessura que foram corados com hematoxilina e eosina e com o Tricrômico de Masson e observados em microscópio óptico. Na análise microscópica, pós 30 dias, o grupo experimental II apresentou algumas partículas de material em reabsorção por células mononucleares e também uma ligeira maior quantidade de osso trabeculado que os outros grupos. Neste período, enquanto os grupos experimentais apresentaram o defeito preenchido completa ou parcialmente com osso trabeculado, o grupo controle apresentou invaginação do tecido conjuntivo para o interior de defeito, apresentando apenas uma estreita faixa de tecido ósseo de arranjo trabecular. Após 90 dias todos os grupos mostraram intensa remodelação do osso trabeculado que foi substituído por osso lamelar. Após 180 dias, em geral, ambos os grupos experimentais e o grupo controle apresentaram um reparo semelhante. Na análise radiográfica não houve diferenças estatisticamente significantes nem intra nem interexaminadores. Também não foram observadas diferenças significantes entre os grupos em todos os períodos avaliados (p > 0,05). Dessa forma, pela análise radiográfica o reparo ósseo foi similar em ambos os grupos experimentais e o controle nos períodos de 30, 90 e 180 dias após a cirurgia...

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