Os critérios de graduação de malignidade existente para os carcinomas espinocelulares de boca náo possibilitam a predição fidedigna do seu curso clínico, pois, muitas vezes, lesões histologicamente bem diferenciadas revelam comportamento biológico agressivo. É grande o interesse na análise das diferentes populações celulares tumorais em virtude das células mais invasivas do tumor, supostamente, apresentaram propriedades denotativas de maior agressividade. No presente estudo, através da técnica imuno-histoquímica, analisamos quantitativamente a expressão da ciclina D1, PCNA e Ki-67 na zona central e na zona de invasão tumoral, a fim de verificar a existência de relação entre essas zonas considerando a proliferação celular e o grau de carcinoma espinocelular de boca, obtidos a partir de biópsias incisionais e classificados segundo o sistema de graduação de malignidade preconizado por ANNEROTH; BATSAKIS; LUNA (1987). Nas zonas estudadas, os resultados mostraram ausência de relação estatisticamente significante entre a graduação histológica de malignidade e a expressão da ciclina D1, Ki-67 ou PCNA, assim como não foi observada correlação entre esses marcadores, O PCNA marcou maior quantidade de células que a ciclina D1 e Ki-67 nas áreas tumoral apresentou um número significativamente maior de células que a ciclina D1 e Ki-67 nas áreas tumorais analisadas (Friedman, p<0,001), inicando diferenças de comportamento biológico de subpopulações celulares neoplásicas. Estes dados reforçam a necessidade premente de novos critários avaliativos do comportamento biológico tumoral. Adcionalmente, sugere-se a execuç1 o de estudos prospectivos para confirmar o valor prognóstico da análise de invasão em carcinomas espinocelulares de boca