Com o propósito de fornecer indicadores para a implantação de projetos de treinamento e de educação em saúde relacionados ao HIV/AIDS para os servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), desenvolveu-se a presente pesquisa definindo-se como objeto de estudo as representações sociais da AIDS dos servidores da enfermagem e técnico-administrativos do HUPE/UERJ. Definiu-se como objetivo geral: analisar o conteúdo e a estrutura da representação social da AIDS dos servidores da enfermagem e dos servidores técnico-administrativos do HUPE/UERJ. Como objetivos específicos definiu-se: identificar os significados e a dimensão imagética do HIV/AIDS entre os servidores, verificar e analisar os conhecimentos, as práticas e as atitudes dos servidores frente ao HIV/AIDS; comparar as representações sociais da AIDS entre os grupos dos servidores da enfermagem e os servidores técnico-administrativos. Optou-se por conduzir o estudo das representações sociais segundo a construção teórica de Serge Moscovici, utilizando, inclusive, a abordagem estrutural - teoria do núcleo central. A amostra foi constituída por 221 servidores da enfermagem e 145 servidores técnico-administrativos que atuam no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário estruturado e auto-aplicativo, e do método da evocação livre. Para o tratamento e a análise dos dados do questionário utilizou-se as técnicas da estatística descritiva, incluindo a análise de correspondências múltiplas, e da estatística analítica. Para o método da evocação livre utilizou-se a técnica de construção do quadro de quatro casas.

O resultado evidenciou que:

o significado da AIDS é fortemente marcado por elementos negativos, com uma dimensão imagética associada à morte, refletindo o posicionamento dos sujeitos frente ao problema através de emoções e atitudes como sofrimento, medo e preconceito; as atitudes relacionadas aos estigmas da AIDS como preconceito e discriminação são mais evidentes no grupo da enfermagem; a origem do HIV/AIDS está ancorada principalmente nos padrões de sexualidade e experimentos científicos, apresentando uma discreta associação aos valores morais e religiosos; os sujeitos apresentam um bom nível de informação, especialmente os da enfermagem; os conhecimentos apresentam-se de forma fragmentada e nem sempre asseguram práticas relacionadas à redução de riscos ...