A presente pesquisa objetivou analisar as relações estabelecidas entre saúde e trabalho, bem como descrever as representações sociais de saúde e trabalho entre adolescentes escolares. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais. A coleta de dados foi realizada em 2003, através da aplicação de questionários e técnica de evocação livre aos termos indutores "Estar com Saúde" e "Adolescente que Trabalha". Os sujeitos do estudo foram 753 adolescentes na faixa etária de 14 a 22 anos, alunos do ensino médio de duas escolas públicas do município do Rio de Janeiro. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva, teste de qui-quadrado e análise do núcleo central das representações. Os resultados demonstram que o trabalho possui associação estatística com o período escolar, faixa etária, contribuição para a renda familiar, uso de álcool, sexo, cansaço e distúrbios do sono. Com relação ao conteúdo e à estrutura das representações, foram encontradas as dimensões moral, social, necessidade, efeitos do trabalho, prescritiva e futuro para a representação do Adolescente que trabalha: e as dimensões hábitos de vida, bem-estar, avaliativa, movimento, psicológica, preventiva e biomédica para a representação da Saúde. Observa-se que as representações seguem uma tendência hegemônica entre os grupos de trabalhadores e não trabalhadores. Conclui-se que o trabalho pode interferir na saúde dos jovens e que os resultados encontrados devam servir de subsídio para a enfermagem, em atividades educativas que promovam a saúde desse grupo social.