Da auto-rotação cefálica e da prova calórica na vertigem posicional paroxística benigna

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Objetivo:

Verificar a prevalência de achados anormais à auto-rotação cefálica e à prova calórica em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna de acordo com a hipótese fisiopatológica de ductolitíase ou cupulolitíase.

Método:

Estudo retrospectivo de 60 casos de vertigem posicional paroxística benigna submetidos a uma avaliação otoneurológica que incluiu auto-rotação cefálica e prova calórica.

Resultados:

Anormalidades à auto-rotação foram identificadas em 54 casos (90,0 por cento) e à prova calórica em 44 casos (73,3 por cento). As anormalidades do nistagmo pós-calórico ocorreram concomitantemente com anormalidades à auto-rotação cefálica. Dez pacientes (16,7 por cento) apresentaram anormalidades exclusivamente à auto-rotação cefálica. Seis pacientes (10,0 por cento) não apresentaram achados anormais à auto-rotação cefálica e à prova calórica. Houve tendência de maior número de casos com alterações do reflexo vestíbulo-ocular à auto-rotação cefálica em pacientes com a hipótese fisiopatológica de cupulolitíase (p=0,0682). Na prova calórica, a ausência de alterações e a hiper-reflexia foram prevalentes na vertigem posicional paroxística benigna por ductolitíase e a preponderância direcional prevaleceu na vertigem posicional paroxística benigna por cupulolitíase (p=0,0008*).

Conclusões:

A autorotação cefálica e a prova calórica identificam sinais de disfunção vestibular na maioria dos pacientes com hipótese fisiopatológica de ductolitíase ou cupulolitíase. As anormalidades do reflexo vestíbulo-ocular à auto-rotação cefálica apresentaram tendência de prevalecer em pacientes com a hipótese fisiopatológica de cupulolitíase. 0 achado anormal que prevalece à prova calórica em pacientes com a hipótese fisiopatológica de ductolitíase é a hiper-reflexia e em pacientes com a hipótese fisiopatológica de cupulolitíase é a preponderância direcional do nistagmo pós-calórico

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