Baixos valores da densidade óssea do fêmur e dos parâmetros da ultra-sonometria óssea estão associados a maior risco de nova fratura por osteoporose e mortalidade em mulheres idosas

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Reumatologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Estudos transversais e prospectivos têm ressaltado associação significativa entre medidas da massa óssea e risco de fratura. Entretanto, a relação entre risco de nova fratura, mortalidade, densidade e ultra-sonometria óssea é controvertida e menos estudada.

Objetivos:

verificar o valor preditivo das medidas de massa óssea sobre o risco de nova fratura por osteoporose e morte em mulheres idosas, após cinco anos da primeira avaliação.

Pacientes e Métodos:

na primeira visita, 275 mulheres idosas foram avaliadas por meio de questionário sobre fatores de risco para fratura. Realizaram estudo radiológico da coluna vertebral, densitometria óssea da coluna lombar e fêmur e ultra-sonometria óssea de calcâneo. Após cinco anos, 42 (15,3 por cento) mulheres morreram, 25 (9,1°/0) perderam o acompanhamento médico e 208 (75,6 por cento) continuaram o estudo. Nesse momento, questionários específicos foram aplicados novamente bem como novo estudo radiológico da coluna torácica e lombar, a fim de identificar futura fratura. Causas de morte nessa população também foram avaliadas. Todos os relatos de morte foram confirmados pela revisão dos atestados de óbito ou dos prontuários médicos, e classificados de acordo com o CID-10.

Resultados:

após ajustes estatísticos para idade, peso, IMC, tabagismo, fratura prévia, atividade física, uso de medicações e presença de doenças concomitantes, cada redução de 1 desvio-padrão do índice stiffness, obtido na primeira visita, foi associado significativamente com futura fratura (HR = 2,23; IC 95 por cento 1,30-3,83) e mortalidade geral (HR = 1,57; IC 95 por cento 1,1-2,47). Densidade óssea do colo do fêmur e trocânter também se associaram à nova fratura (HR = 2,01; IC 95 por cento 1,27-3,18 e HR = 1,62; IC 95 por cento 1,08-2,42, respectivamente) e mortalidade geral (HR = 1,44; IC 95 por cento 1,06-2,22 e HR = 1,59; IC 95 por cento 1,07-2,36, respectivamente). Mortalidade cardiovascular associou-se à baixa densidade óssea femoral (HR = 1,28; IC 95 por cento 1,08-2,26) e baixos valores do índice stiffness (HR = 1,54; IC 95 por cento 1,08- 2,79). Não observamos qualquer relação significativa entre medidas de massa óssea e mortalidade por câncer ou relacionada a doenças pulmonares e infecciosas...

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