Efeito do diabetes melito tipo 1 no metabolismo das catecolaminas produzidas por células mesangiais primárias
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Ciências Básicas - Nefrologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Condições hormonais adversas como o diabetes melito (DM) são capazes de alterar as concentrações plasmáticas e teciduais de catecolaminas, as quais estão relacionadas com alterações tanto nas enzimas de síntese como nas enzimas degradadoras, entre elas, a monoamina oxidase (MAO). Uma vez que as alterações hemodinâmicas encontradas no DM, como a hiperfiltração, poderiam ser parcialmente explicadas por mudanças nos níveis renais de catecolaminas, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do DM no metabolismo das células mesangiais (CM) primárias. Para tanto, utilizamos camundongos espontaneamente diabéticos ("non obese diabetic", NOD) divididos em dois grupos de estudo: normoglicêmicos (NN) (glicemia < 180 mg/dL) e hiperglicêmicos (NH) (glicemia > 300 mg/mL), além do grupo controle composto por camundongos Swiss (S) (glicemia < 180 mg/dL). Todos os animais apresentaram análise morfológica normal. As CM foram obtidas a partir do córtex renal através de fracionamento por peneiras e tratamento com colagenase. Todas as células foram caracterizadas utilizando-se marcadores específicos e apresentaram viabilidade superior a 96 por cento. Primeiramente, cabe salientar que os grupos S e NN tiveram um perfil semelhante para todas as variáveis em estudo. Uma análise geral nos permite observar que as CM de camundongos NH apresentaram concentrações aumentadas de dopamina (DA) e noradrenalina (NOR) no intracelular e meio de cultura e responderam positivamente ao tratamento com 0-Phenantrolina (OPhe), inibidor da tirosina hidroxilase (TH) (Grupo NH (n = 5): L-DOPA 285,4 ± 83,2 x 286,5 ± 78,0 e 176,6 ± 34,0 x 106,7 ± 37,0; DA - 360,1 ± 58,5 x 67,3 ± 20,4 e 146,5 ± 16,8 x 67,9 ± 15,7; adrenalina (AD) 184,7 ± 83,0 x 71,2 ± 24,3 e 139,9 ± 52,9 x 137,0 ± 55,0; NOR 429,6 ± 90,8 x 80,1 ± 10,0 e 265,3 ± 70,4 x 115,3 ± 45,5 pg/mg proteína celular, média ± DP, controle x OPhe, intracelular e meio de cultura, respectivamente)...