O presente estudo enfoca a formação de pessoal de nível médio para a saúde. Tendo por referência mais ampla a instituição pública e seu papel no contexto social, o estudo reporta-se a uma dessas instituições, a Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, contextualiza a força de trabalho de nível médio em saúde face às necessidades do Sistema Único de Saúde e se detém, por último, no processo de construção da Escola Politécnica de Saúde e seu Curso técnico de Segundo Grau, que formação desse pessoal mediante o desenvolvimento de um processo calcado na perspectiva de uma educação politécnica. Com o objetivo de analisar o desenvolvimento, no espaço institucional da Fiocruz, de uma possibilidade pedagógica tendo a politecnia como referência, o estudo se apoia em textos e publicações sobre o contexto de país no período de 1985 a 1990, nos escritos dos Seminários Choque Teórico I e II, realizados na Fiocruz em 1987 e 1989, respectivamente, em dados quantitativos e qualitativos sobre os docentes da escola, responsáveis pela formação geral e em investigação sobre os alunos do curso técnico de segundo grau da referida escola. Entre os resultados do estudo, menciona-se a dificuldade de articulação entre os docentes da formação geral e os da formação específicas e tendências de mudança nas características do alunado no período de 1988 e 1994. O estudo é centrado em uma experiência em construção e, portanto, não esgotada em suas possibilidades. Este fato, antes de ser impeditivo, instiga o autor do estudo a estabelecer desafios a serem superados para a própria sobrevivência da proposta.