Alterações funcionais e estruturais pulmonares como fatores de risco para morbidade respiratória no primeiro ano de vida de prematuros de muito baixo peso

Publication year: 2002
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Fernandes Figueira to obtain the academic title of Doutor. Leader: Lopes, José Maria de Andrade

O objetivo principal deste trabalho foi verificar a associação entre a mecânica pulmonar, a avaliação estrutural pulmonar através de exame tomográfico e a morbidade respiratória no primeiro ano de idade corrigida. Próximo a alta hospitalar foram realizadas prova de função pulmonar com verificação da complacência e da resistência pulmonares e tomografia computadorizada de tórax de alta resolução. Após a alta as crianças receberam acompanhamento médico mensal no ambulatório de seguimento de recém-nascidos de risco.

No decorrer do primeiro ano de vida foram avaliadas quanto a presença das seguintes intercorrências respiratórias :

síndrome obstrutiva de vias aéreas, pneumonia e internação hospitalar. Foi frequënte a presença de mais de uma anormalidade.

Foram calculados os riscos relativos entre as variáveis independentes e os seguintes desfechos:

síndrome obstrutiva,pneumonia,internação e morbidade respiratória.

Foram estudadas:

complacência pulmonar, resistência pulmonar, alterações tomográficas, assistência ventilatória, displasia broncopulmonar, síndrome de desconforto respiratório, pneumonia neonatal, Persistência do canal arterial, tempo de uso de oxigênio, idade gestacional inferior a 28 semanas, peso de nascimento inferior a 1000g, sepse, tempo de internação, tabagismo ( Materno e /ou paterno), alergia respiratória na família, CRIB amamentação.

Os fatores com risco estatisticamente significativos na análise bivariada para o desfecho morbidade respiratória foram:

complacência pulmonar alterada, tomografia com qualquer alteração, tomografia com 3 ou mais alterações, assistência ventilatória, Displasia broncopulmonar, Síndrome de desconforto respiratório, pneumonia neonatal, persistência do canal arterial, uso de oxigênio por 10 ou mais dias e tempo de internação prolongado. Posteriormente foi calculado o Risco relativo ajustado através de análise de Regressão Logística para cada variável independente, controlando para os efeitos de outras variáveis respiratória. As variáveis que mostraram associação com o desfecho em questão foram pneumonia neonatal e assistência ventilatória.

Conclusão:

Encontramos um elevado percentual de alterações na mecânica pulmonar e na tomografia de tórax entre os prematuros assintomáticos próximo à alta; Verificamos uma associação significativa entre 3 ou mais alterações tomográficas e complacência pulmonar baixa; Mais de 50 por cento das crianças apresentaram morbidade respiratória no primeiro ano de vida.

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