Aids e transmissão vertical: um estudo sobre a dinâmica do controle do risco no parto, pós-parto e amamentação

Publication year: 2005
Theses and dissertations in Portugués presented to the São Paulo (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Programa de Pós-Graduação em Ciências to obtain the academic title of Mestre. Leader:

O aumento do número de gestantes portadoras do HIV trouxe novas questões relacionadas à amamentação, aos direitos reprodutivos e a assistência no pré-natal, parto e no pós-parto. Dentre os vários temas que surgiram diante desta nova realidade, o controle do risco da transmissão vertical pode ser considerado um dos mais importantes, e nesse cenário dois atores se destacam: o profissional de saúde e a gestante portadora do HIV. Assim, compreender, segundo a fala das mulheres portadoras do HIV, a dinâmica do controle do risco da transmissão vertical nos momentos do parto e do pós-parto, se tornou fundamental. Para tanto, este trabalho analisou parte do material produzido pelas entrevistas realizadas pela pesquisa: Aids Gravidez e Decisões Reprodutivas, em que foram escolhidos serviços de saúde a partir de dois contextos institucionais distintos.

Primeiro:

serviço de pré-natal funcionando dentro de ou afiliado a um hospital que tinha um sistema definido de referência para a realização do parto; e, segundo, serviço de pré-natal sem um sistema de referência para o parto num hospital específico. As clínicas de pré-natal com hospitais de referência escolhidas foram um hospital universitário ou um hospital público de grande porte, e os serviços sem referência para o parto foram aqueles administrados pela prefeitura. Este trabalho analisa o material produzido na cidade de São Paulo, referente a trinta entrevistas realizadas a partir de um roteiro semi-estruturado, com mulheres portadoras do HIV em dois momentos distintos, no pré-natal e no pós-parto. Constatou-se a existência de uma dinâmica diferenciada quanto ao controle do risco nos momentos do parto e do pós-parto, de acordo com os diferentes atores envolvidos. Se durante o parto o profissional de saúde assume a responsabilidade do controle do risco da transmissão vertical, durante o pós-parto verificamos uma situação distinta, na medida em que são as mulheres que assumem ou são impelidas a assumir o controle da transmissão do HIV

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