Avaliação clínica e radiográfica de implantes osseointegráveis instalados na mandíbula posterior e submetidos a um protocolo de função oclusal precoce
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Odontologia de Araçatuba to obtain the academic title of Doutor. Leader:
As vantagens do tratamento do edentulismo total mandibular com implantes osseointegráveis e função oclusal precoce são bem conhecidas. Recentemente, um interesse crescente pelos benefícios dessa modalidade terapêutica envolveu o edentulismo parcial em várias regiões da boca. No entanto, protocolos bem definidos para a mandíbula posterior com função oclusal precoce não foram devidamente testados e aprovados. O objetivo desta investigação foi avaliar a eficácia clínica de um protocolo cirúrgico, protético e radiográfico para o tratamento da mandíbula posterior, com implantes osseointegráveis e função oclusal precoce. Treze pacientes com edentulismo parcial posterior, uni ou bilateral, foram tratados em clínica particular. Cinquenta e dois implantes foram inseridos em 17 áreas mandibulares, com classes I, II, III de Kennedy. Os implantes utilizados foram MKIII e MKIV, com superfície lisa e foi empregada técnica cirúrgica padronizada para inserção dos implantes. A função oclusal precoce foi obtida com próteses parciais fixas instaladas com uma média de 7 dias da inserção dos implantes. O tempo de observação clínica variou entre 12 e 26 meses, com média de 19 meses. O nível do osso marginal foi determinado com medidas nas imagens digitalizadas de radiografias convencionais padronizadas. A taxa cumulativa de sobrevivência foi de 98,1% e a perda óssea marginal média, nos primeiros seis meses, foi de 1,02mm e 1,07mm para um ano de observação. A taxa da sobrevivência das próteses foi de 100%. Considerando os limites deste estudo, o protocolo testado para tratamento da mandíbula posterior com função oclusal precoce e implantes osseointegráveis parece viável para aplicação clínica em bases rotineiras, no entanto, estudos multicêntricos e a longo prazo devem ser conduzidos para confirmar ou refutar os resultados obtidos