Sentimento de ambivalência em mulheres submetidas a laqueadura tubária
Publication year: 2003
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências da Saúde to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Trata-se de um survey descritivo, em que foi realizada uma análise secundária dos dados da pesquisa "Determinantes da esterilização cirúrgica feminina e efeitos secundários ao procedimento", objetivando-se focalizar o fenômeno da ambivalência das mulheres acerca da decisão tomada, que foi constatado em seus resultados; reavaliar a classificação individual feita anteriormente pelas mulheres, quanto aos seus sentimentos em relação à laqueadura tubária, identificar como se comportaria, após reavaliação, a freqüência de mulheres ambivalentes em relação à laqueadura tubária na amostra de participantes da pesquisa; e verificar quais os possíveis fatores envolvidos no sentimento de ambivalência referido pelas mulheres em relação à laqueadura tubária. Partiu-se do pressuposto que, analisando-se os 974 instrumentos da pesquisa original, o número de mulheres ambivalentes poderia ser superior ao revelado na análise prévia dos dados, o que foi confirmado. Predominaram na amostra mulheres com história obstétrica de quatro gestações ou mais, seguidas das mulheres com história de duas gestações e das mulheres com história de três gestações. Dez mulheres tinham menos de 15 anos, 56 estavam na faixa etária de 15 a 19 anos e 58 estavam na faixa etária de 20 a 24 anos quando engravidaram pela primeira vez. Quarenta e seis mulheres tiveram sua última gestação na faixa etária de 15 a 24 anos; a idade das mulheres ao ser realizada a laqueadura tubária variou entre 19 e 42 anos, com média de 29,3 e mediana de 29 anos. Trinta e sete mulheres se submeteram à laqueadura tubária com idade menor ou igual 24 anos; 41 mulheres não haviam usado anteriormente qualquer método contraceptivo e, entre as que referiram esse uso, o anticoncepcional oral foi referido por 91 mulheres. A decisão acerca da esterilização foi tomada pelo casal em 35,5 por cento dos casos; em 32,2 por cento, as mulheres decidiram, sozinhas, submeter-se à laqueadura e, em 21,7 por cento, a decisão foi tomada por pessoa externa ao casal, na maioria, pelo médico que atendia a mulher. Entre os motivos para realizar a laqueadura tubária, predominaram os "problemas de saúde", as "dificuldades financeiras" para prover as condições materiais necessárias ao bem-estar dos filhos e o "número de filhos desejado/planejado". Não foram obtidos resultados estatisticamente significativos ao se associar as variáveis tempo decorrido após a laqueadura tubária e modo original como (as mulheres) se classificaram em relação...