Prevalência e fatores de risco da hipertensão arterial numa comunidade de periferia urbana no município de João Pessoa - PB
Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências da Saúde to obtain the academic title of Mestre. Leader:
O presente estudo epidemiológico do tipo transversal com abordagem quantitativa teve como objetivo estudar a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população adulta residente na comunidade do Timbó. A casuística envolveu 517 indivíduos adultos de ambos os sexos no período de 1999 - 2003, selecionados aleatoriamente. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, com um formulário previamente elaborado. Os dados de todo o período foram consolidados sendo analisados as variáveis sociodemográficas, o conhecimento do entrevistado em ser ou não ser hipertenso e os fatores de risco, como o tabagismo, o etilismo, o sedentarismo, os hábitos alimentares, a história familiar, e o uso de fármacos. Nos resultados dos dados, a população estudada apresentou características socioeconômicas e culturais que a classifica na linha da pobreza, caracterizada pelo baixo nível de escolaridade e de renda a que está submetida. A prevalência da HAS na casuística foi de 27 por cento, sendo maior no sexo masculino, iniciando a partir da faixa de idade igual e maior de 30 anos aumentando com a idade. No sexo feminino a prevalência da HAS foi maior na faixa de idade igual e maior dos 50 anos. A classificação dos níveis da Pressão Arterial para o estágio normal foi 60,3 por cento, limítrofe 13,0 por cento; leve 12,6 por cento; moderado 5,4 por cento; grave 3,9 por cento; sistólica isolada 4,8 por cento. Os resultados mostraram a associação da HAS com idade, sexo, escolaridade, antecedente familiar e tabagismo. O uso de gordura saturada só mostrou associação estatística significativa quando verificado quanto ao conhecimento em ser ou não hipertenso. Não foi observada associação entre os fatores de risco, etilismo, o sedentarismo e o uso do cloreto (sal de cozinha). Quanto ao uso de fármacos anti-hipertensivos, apenas 8,3 por cento dos hipertensos faziam uso deles. Em relação ao conhecimento dos entrevistados em ser ou não ser hipertenso foi constatado que houve o predomínio em toda a casuística dos indivíduos que desconheciam ser hipertenso e dos que foram classificados como limítrofes. À luz desses resultados, conclui-se que a prevalência da HAS nos indivíduos residentes na comunidade do Timbó sofreu a influência de fatores como idade, hereditariedade, sexo, escolaridade e tabagismo, e o desconhecimento dos indivíduos da condição de serem limítrofes e hipertensos. Os demais fatores investigados não apresentaram significância estatística relacionados...