Validade e confiabilidade do peso, estatura e IMC auto-referidos obtidos em entrevistas telefônicas

Publication year: 2006
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição to obtain the academic title of Doutor. Leader: Monteiro, Carlos Augusto

Introdução:

O peso e a estatura auto-referidos são amplamente utilizados em estudos epidemiológicos, principalmente por favorecer a economia de recursos e a simplificação do trabalho de campo, no entanto, apesar de mais convenientes do que as medidas diretas, estas medidas podem ser inacuradas.

Objetivo:

Avaliar a validade e confiabilidade do peso, estatura e IMC auto-referidos obtidos por entrevista telefônica e investigar os fatores associados com a validade das medidas antropométricas referidas.

Métodos:

Estudou-se 726 adultos residentes na área metropolitano de São Paulo, participantes de um estudo multicêntrico cuja amostra era representativa da população adulta com 40 ou mais anos de idade. O peso e estatura auto-referidos foram coletados por entrevista telefônica e as aferições foram realizadas até 14 dias após esta entrevista. Para avaliar as diferenças nos parâmetros aferidos e referidos, utilizou-se o teste t pareado de Student, gráficos de Bland e Altman (1986), coeficiente de correlação intraclasse (CCIC) e coeficiente de correlação de concordância (CCC) de Lin (1989). Estimaram-se a sensibilidade e a especificidade das várias categorias do IMC e equações de predição para o peso e estatura aferidos.

Resultados:

Houve tendência de superestimação da estatura em ambos os sexos. subestimação do peso no caso das mulheres e superestimação no caso dos homens. A sensibilidade (71 por cento) e especificidade (96 por cento) do diagnóstico de obesidade foram altas. O peso e o IMC referidos apresentaram boa concordância quando comparados às suas respectivas aferições (CCC=0,94 para peso e CCC=0,86 para IMC); a estatura auto-referida, entretanto, mostrou-se menos confiável (CCC=0,75 para homens e CCC=0,60 para mulheres). Os modelos de regressão apresentaram desempenho apenas razoável quando aplicados em população diferente daquela que gerou os modelos (Pró-Saúde). Porém, as equações preditivas desenvolvidas em metade da mostra (PLATINO), quando aplicadas no re...

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