Sistema de atenções de saúde às emergências e catástrofes do Estado de São Paulo

Publication year: 1991

A crescente incidência de casos clínicos e cirúrgicos que necessitam de cuidados imediatos, por configurarem a emergência, tem chamado a atenção da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, principalmente a partir da década de 70. Paralelamente, acentuaram-se os problemas relacionados ao atendimento, que tem se mostrado, muitas vezes, inadequado, desde o momento em que o caso é identificado até a sua reabilitação. Vários aspectos podem ser apontados como responsáveis por um quadro epidemiológico grave, do qual fazem parte os mais diversos tipos de casos de emergência, atingindo a população como um todo. Dentre eles, destacam-se: o desenvolvimento industrial como gerador de acidentes de trabalho, principalmente pela não obediência às normas de segurança; a relativa facilidade da aquisição de veículos automotores por individuos mal preparados para sua condução, o que é um dos motivos dos acidentes de trânsito a migração para as áreas metropolitanas, de cidadãos sem cultura adequada, o que dificulta sua adaptação às condições de vida e de trabalho, com consequentes e graves desajustes sociais e alto índice de violência, caracterizado por homicídios e suicídios; uma grave situação econômica-social, principal causa da fome e, consequentemente, do alcoolismo, com todas as suas implicações; a natural competitividade no ambiente de trabalho, em busca de estabilização ou melhora de condição sócio-econômica, uma real causa de "stress", com reflexo predominante sobre os aparelhos cardio-circulatório e digestivo; a inobservância (AU).

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