Prognóstico em osteossarcoma: análise clínica, epidemiológica, histopatológica e imuno-histoquímica

Publication year: 2008
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina de Botucatu to obtain the academic title of Doutor. Leader: Müller, Sérgio Swain

Em 69 pacientes com diagnóstico de osteossarcoma ósseo, primário e secundário, submetidos a tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Unesp (Botucatu - SP) e no Hospital Amaral Carvalho (Jaú - SP), no período de 1990 a 2004, foi verificada a possível associação entre prognóstico e fatores clínicos, epidemiológicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos. Os pacientes foram submetidos a diferentes protocolos e tratamento e, na maioria das peças de ressecção tumoral, procedeu-se à quantificação do efeito quimioterápico neo-adjuvante de acordo com os critérios preconizados por Huvos (1991). Os dados foram coletados dos prontuários hospitalares e nas amostras da biópsia óssea, realizada pré-tratamento, foi verificada a ocorrência de apoptose e da expressão da proteína p53, pelo método imuno-histoquímico (Tunel e ABC). Os resultados foram submetidos à análise univariada de sobrevida com construção de curvas de Kaplan-Meier. As associações entre procedimento cirúrgico e grau de necrose e, entre recidiva e grau de necrose, foram analisadas pelo Teste de Goodman (Goodman, 1964, 1965). Foi constatado que as variáveis, idade, sexo, classificação histológica e localização do tumor, não apresentaram associação com prognóstico; pacientes com tumores estádio III apresentam pior prognóstico. Abandono de tratamento está associado a pior prognóstico e relacionado à evolução clínica insatisfatória; cirurgia de amputação foi indicador indireto de mau prognóstico, pois foi realizada em pacientes com tumores avançados ou que não responderam ao tratamento quimioterápico neo-adjuvante; complicações, sobretudo recidiva local, estão relacionadas a mau prognóstico e necrose pós-quimioterapia apresentou associação significativa com sobrevida. Houve ocorrência de apoptose e expressão da proteína p53 mutante nas fases iniciais do osteossarcoma, porém sem associação com prognóstico.

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