Infecções por rickettsias e hantavírus são zoonoses emergentes e re-emergentes, destacando-se como importante problema de saúde pública. A prevalência dessas infecções entre indivíduos soropositivos para HIV é desconhecida em grande parte. O objetivo deste estudo é avaliar a soroprevalência de Bartonella spp, Coxiella burnetii, rickettsia do grupo da febre maculosa (RGFM) e hantavirus em pacientes HIV positivos, em Jacarepaguá, Município do Rio de Janeiro. Imunofluorescência indireta (IFI) para Bartonella, C. burnetii e RGFM foi utilizada. ELISA usando o antígeno Araraquara recombinante (N ARA) foi o teste para hantavírus. DNA foi extraído por kit comercial (Qiagen R). Foram incluídos 125 pacientes; com idade 37,1 (mais ou menos) 10,1 anos; sendo 61 do sexo masculino. Não havia usuários de droga injetáveis; 24/122 (20%) usava cocaína inalatória e 45/123 (37%) eram etilistas. Diagnóstico de soro-reatividade ao HIV fora feito 3,8 (mais ou menos) 2,6 anos antes, e 94/125 (75%) usavam anti-retrovirais. CD4 mais recente e mais baixo foram, respectivamente, 351 a 500 e 101 a 200 células/mm3. 47/125 (37,6%) dos pacientes moravam em casa com jardim ou quintal, e 32/125 (25,6por cento) residiam próximo a reserva florestal. 88 (70,4%) era assintomático com relação ao HIV. Quanto à exposição a animais e a vetores, 60/125 (48%) tinham contato com gatos, e 20(16%) tinham gatos como animais de estimação. Contato com cães foi relatado por 98 (78,4%) e com ratos ou camundongos, por 65 (52%). Contato com cavalos foi relatado por 22/124 (17,7por cento). Exposição a carrapatos, pulgas e piolhos foi relatada por 53 (42%), 42 (34%) e 34 (27%) respectivamente. Com relação a Bartonella spp, 52/125 (41,6%) dos pacientes apresentaram anticorpos. Daqueles que criavam gatos, foram soro-reativos 65% (13/20) vs. 34%(22/65) daqueles que não tinham qualquer...