Risco de infecção ocupacional por HIV

Publication year: 2003

Desde 1986 são publicados trabalhos sobre o risco de infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), após acidente de trabalho com exposição a material biológico por profissionais de saúde. Apesar dos baixos índices de soroconversão entre 0,3% e 0,5%, os acidentes devem ser tratados como emergência médica, independente do status sorológico do paciente fonte, pois as medidas profiláticas terão maior eficácia se forem aplicadas imediatamente após o acidente. Apesar de questionável, o uso precoce da Zidovidina (AZT), como profilaxia, vem se tornando prática universal. O contrário também é possivel, ou seja, o profissional soropositivo, transmitir por um acidente biológico, o vírus HIV ao paciente, especialmente em procedimentos cirúrgicos invasivos. Entretanto, esta possibilidade pode ser evitada se obedecidas as normas de precauções universais que são uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), como luva, máscara, óculos, gorro, capote e botas e cuidados específicos na manipulação e descarte de material pérfuro cortante. Em 1992, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que é responsabilidade das instituições providenciar o EPI e seus diretores técnicos devem garantir as condições de atendimento. Estudos americanos concluíram que, as medidas de precauções universais, foram capazes de prevenir contato direto com sangue e fluídos corporais, convertendo o que seria um acidente real em evitado. Após um acidente biológico, o profissional deve ser acompanhado pelo período de seis meses. Neste período, deverá adotar medidas de prevenção da transmissão sexual (preservativo) e evitar doação de sangue, órgãos e aleitamento materno.

Os acidentes devem ser registrados com informações sobre:

condições do acidente, dados do paciente fonte, dados do profissional de saúde e qual a conduta indicada após o acidente.
VIH

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