Ação do estrógeno e hormônio tireóideo sobre células ósseas de osteossarcoma de rato (ROS 17/2.8) e humano (MG-63 e SaOs-2)
Publication year: 2005
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina de Botucatu to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Tumores ósseos malignos respondem por 4 a 6% da ocorrência de câncer durante a infância e adolescência em muitos países europeus, sendo que o osteossarcoma corresponde a 50% de todos os casos, com um pico de incidência adicional após os 50 anos. Recentemente foi observado que vários pacientes com sarcoma apresentavam também algum tipo de disfunção tireoideana, sendo o hipotireoidismo a alteração mais frequente. Dados da literatura mostram a atividade do hormônio tireóideo e do estrógeno na regulação de oncogenes e genes supressores de tumores em células de osteossarcoma, e também relatos clínicos sugerindo o envolvimento hormonal com o desenvolvimento de tumores ósseos. Desta forma, verificamos a ação isolada e conjunta destes hormônios, em diferentes concentrações, sobre a proliferação de células ósseas tumorais de humano (MG-63 e SaOs-2), através da realização de uma curva de crescimento para obtenção do tempo de dobramento. Nossos resultados evidenciaram que o tratamento isolado com T3 não afetou a proliferação celular em nenhuma das linhagens utilizadas. Apenas o crescimento das células MG-63 é diminuído pelo tratamento com estrógeno isolado, sendo as doses supra e infrafisiológicas as responsáveis pela diminuição na proliferação celular. A associação dos hormônios provoca efeitos contrários nas duas linhagens, mas as associações do E2 fisiológico com as diferentes concentrações de T3 não alteram a proliferação celular. As células MG-63 respondem com diminuição do TD nas associações de estrógeno supra e infrafisiológico com as diferentes doses de T3, em comparação ao tratamento isolado com estrógeno, nas mesmas dosagens. Nas células SaOs-2, as associações hormonais nos grupos E2 supra e E2 infra com diferentes dosagens de T3, há aumento no TD em relação ao estrógeno isolado. Vários mecanismos de ação hormonal podem justificar essas respostas e salientam a necessidade da análise dos receptores hormonais nos tumores ósseos.