Estudo de pacientes infectados pelo HIV com idade igual ou superior a 60 anos atendidos no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle de 1992 a 2006
Study of HIV-infected patients aged less than 60 years seen at University Hospital and Gaffrée Guinle 1992 to 2006

Publication year: 2007
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas to obtain the academic title of Mestre. Leader: Barros, Mônica Bastos de Lima

A proporção de pacientes idosos infectados pelo HIV vem aumentando. De janeiro de 1992 a dezembro 2006, foram atendidos no Serviço de Imunologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle 60 pacientes com diagnóstico da infecção pelo HIV com idade igual ou superior a 60 anos. Foi realizado um estudo descritivo, com coleta de dados em prontuários médicos, com o objetivo de conhecer o perfil clínico e variáveis sócio-demográficas desta população. Foram conhecidas as distribuições dos pacientes por sexo, idade, ano, estado civil, escolaridade, tipo de exposição, classificação da infecção pelo HIV (CDC), tipo de acompanhamento, uso de anti-retrovirais e por doenças associadas. Do total de pacientes estudados, 37 (62 por cento) eram do sexo masculino e 23 (38 por cento) do sexo feminino, sendo a média de idade 64,6 anos. O único tipo de exposição foi a sexual, distribuída em 38 por cento mulheres heterossexuais, 22 por cento homens heterossexuais, 13 por cento homens homossexuais, e 15 por cento homens bissexuais. A candidíase oral, a perda ponderal maior que 10 por cento ou caquexia, a anemia, a diarréia por mais de 1 mês, o herpes zoster, a pneumocistose, a tuberculose pulmonar e a pneumonia bacteriana foram as infecções oportunistas, sinais, ou sintomas mais prevalentes. Comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e dislipedimias. O intervalo de tempo entre o diagnóstico de HIV e o de aids não foi menor nos idosos, com aumento não significativo da média de linfócitos TCD4 (mais) e redução significativa da carga viral com o tratamento. A escassez de dados nesta população aponta para a importância de estudos que visem o conhecimento e adoção de medidas terapêuticas e preventivas específicas.
VIH

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