Avaliação da qualidade de vida dos pacientes com sorologia positiva para HIV, acompanhados ambulatorialmente no Instituto de Infectologia Emilio Ribas
Evaluation of life quality of patients who have positive serology for HIV, and house follow up is made in the Instituto Emilio Ribas

Publication year: 2010
Theses and dissertations in Portugués presented to the São Paulo (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Programa de Pós-Graduação em Ciências to obtain the academic title of Mestre. Leader: Filipe, Elvira Maria Ventura

Tem havido crescente preocupação com a qualidade de vida (QV) das pessoas vivendo com HIV/aids, face ao aumento do tempo de vida permitido pela utilização da terapia antirretroviral. Consequentemente, os sistemas de saúde tem procurado estratégias para facilitar e aumentar o bem-estar dessas pessoas e a Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou um questionário de avaliação da QV, denominado WHOQOL-HIV Bref, utilizado nesta pesquisa. O objetivo deste estudo transversal foi descrever a QV de pessoas vivendo com HIV/aids de acordo com a faixa etária, quadro clínico, escolaridade, estado civil, sexo e contagem de linfócitos T CD4+. Foi realizado com 131 pessoas de ambos os sexos, a partir de 18 anos de idade, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas de maio de 2007 a maio de 2008. Do total da amostra, 60,3% eram do sexo masculino, 39,7% completaram o 2° grau e 51,9% eram solteiros. A lipodistrofia foi o principal problema relacionado ao HIV/aids (15,3%), 51,1% se auto-classificaram como tendo aids, 37,4% como assintomáticos e 49,6% consideraram boa sua saúde. Os escores mais elevados de QV foram encontrados nos domínios espiritualidade/religião (71,7%), nível de independência (71,1%) e relações sociais (69%). Os escores mais baixos nos domínios físico (33,2%), psicológico (20%) e meio ambiente (19,4%). A QV geral das pessoas vivendo com HIV/aids em tratamento ambulatorial pode ser definida como“boa” e os aspectos que mais influenciam a percepção de QV são os físicos, psicológicos e ambientais. Os pacientes com maiores contagens de linfócitosT CD4+ exibem QV “boa” ou “ótima”, enquanto que os pacientes com menores contagens de linfócitos T CD4+ percebem como “regular” sua QV. Este estudo pode auxiliar na discussão da formação de todos os profissionais de saúde para a intervenção nos serviços de saúde, aprimorando o conhecimento do processo saúde-doença, incluindo neste processo a qualidade de vida.
VIH

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