Análise molecular da epidemia pelo subtipo F do HIV-1 no mundo

Publication year: 2005
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social to obtain the academic title of Doutor. Leader: Struchiner, Cláudio José

A epidemia pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma das mais importantes causas de morte no mundo. Segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde, na atualidade existem mais de 40 milhões de pessoas infectadas pelo HIV, sendo que 95% são de países em desenvolvimento. Os HIV são classificados em 2 tipos (HIV-1 e HIV-2). Os integrantes do grupo M do HIV-1 são os principais responsáveis pela pandemia. De forma geral alguns subtipos do HIV-1 parecem ter-se expandido amplamente abarcando extensas áreas geográficas, enquanto outros ficaram mais restritos a regiões menores. o sub subtipo F1 é um exemplo visível deste último grupo, estando presente em proporções epidêmicas, unicamente em três regiões do mundo: África Central, Romênia e a parte da região sul-americana que inclui os países de Brasil, Argentina e Uruguai.

Este trabalho objetivou:

1) analisar a origem geográfica e identificar os possíveis caminhos evolutivos do sub subtipo F1 do HIV-1 no mundo, através de análises filogenéticas e dados epidemiológicos; 2) discutir as possíveis hipóteses relacionadas com os processos evolutivos do sub subtipo F1, assim como os fatores associados a sua dinâmica de dispersão demográfica. Para isto um total de 167 seqüências da região genética do env C2-V3, foram analidsadas. Informações epidemiológicas foram incorporadas na análise com o intuito de possibilitar inferências mais detalhadas e precisas. Nossos resultados sustentam a hipótese de uma origem africana da edipedima mundial pelo sub subtipo F1, mais especificamente a República Democrática do Congo (anteriormente chamado Zaire). Além disso, é altamente provável que esta variante F1 tenha saído do continente africano pela via sexual, especialmente heterossexual. O fato de que as seqüências romenas se agrupam separadamente das representantes da América do Sul indica que se trata de suas introduções separadas sem aparente conexão epidemiológica entre elas...
VIH

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