Manifestações cutâneas em indivíduos infectados pelo HIV após 10 anos da introdução da terapia anti-retroviral potente: experiência de três centros de atendimento dermatológicos no Rio de Janeiro

Publication year: 2009
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas to obtain the academic title of Mestre. Leader: Galhardo, Maria Clara Gutierrez

A pele é um dos órgãos mais acometidos na infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) , podendo as manifestações cutâneas serem o sinal mais precoce e/ou marcador de progressão da infecção. A história natural do HIV modificou-se na era da terapia anti-retroviral, principalmente após 1996 com a introdução terapia anti-retroviral potente, resultando no declínio das infecções oportunísticas, melhora na qualidade de vida e aumento na sobrevida. Porém, propiciou o desenvolvimento de novas entidades clínicas, como a lipodistrofia e a síndrome inflamatória de reconstituição imunológica. Com o objetivo de verificar a atual prevalência das afecções cutâneas nos pacientes infectados pelo HIV, foi realizado um estudo descritivo, prospectivo, em 281 pacientes atendidos em três ambulatórios de dermatologia no município do Rio de Janeiro. No estudo, foram encontradas mudanças nas frequências das dermatoses descritas antes da introdução da terapia anti-retroviral pontente (HAART) com, diminuição da quantidade de doenças por pacientes, das infecções oportunísticas e neoplasias cutâneas, além de apresentações pouco exuberantes, demonstrado assim, grande mudança no padrão do acometimento cutâneo com o uso contínuo e prolongado da HAART. A lipodistrofia, normalmente excluída dos trabalhos de prevalência de dermatoses nos pacientes portadores de HIV, mostrou-se uma das principais queixas e a manifestação mais frequente, estando presente em 51,9 por cento dos pacientes. Após a lipodistrofia, as dermatoses mais frequentes foram: dermatite seborréica, onicomicose, infecção pelo HPV, erupção pápulo-pruriginosa, xerose cutânea, candidíase, farmacodermia, infecção pelo vírus da herpes e prurido. Desse modo, as doenças cutâneas, que antigamente eram apenas marcadores de imunodepressão, hoje também são marcadoras da infecção crônica pelo HIV associada ao uso dos anti-retrovirais.
Skin is one of the most affected organs in HIV infection. Skin disorders can be the first sign or a marker of progression of HIV disease. HIV natural history was modified by the anti-retroviral era, especially after the highly active anti-retroviral therapy (HAART), resulting in a decline of opportunistic infection, improve of quality of life and surviving.Beside this, leaded to the development of new clinical entities, as such as lipodystrophy and immune reconstitution inflammatory syndrome.Aim of this study was verify and describe the prevalence of cutaneous disorders in HIV infected patients, through a prospective study with 281 patients followed in three dermatology ambulatories’ in the city of Rio de Janeiro. In this study we found changes in the frequency of skin disease from previews publications, with diminishing of the occurrence of opportunistic infections and skin cancers per patient, with character less exuberant of these dermatitis, showing the big change in thepattern of the skin involvement with the long term and continuous use of HAART. Lipodystrophy usually excluded on the prevalence studies, showed to be the principal complain and most frequent skin disorder, presenting in 51,9 percent of the patients.

Beside lipodystrophy the most common skin diseases were:

seborreic dermatitis, onicomycosis, HPVinfection, papular and pruritic eruption, xerosis cutis, candidiasis, pharmacodermia, HSV infection, e itching. In resume, cutaneous manifestations that used to be just markers of immunesupression,today are markers of HIV chronic infection associated with the use on anti-retrovirals.

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