O envelhecimento populacional é uma realidade e como consequência dessa longevidade, patologias específicas inerentes à idade aparecem, como as ortopédicas. O idoso com distúrbio ortopédico apresenta por um período curto ou longo de tempo dependendo da sua patologia, comprometimento funcional que demanda orientações, informação e apoio de todos os profissionais capacitados da área de saúde, e é essencial a elaboração de um plano de cuidados voltado para as necessidades individuais. Este estudo foi realizado em uma Enfermaria de Ortopedia de um Hospital Universitário no Município do Rio de Janeiro.

A pesquisa teve como objetivos:

caracterizar as condições socioeconômicas e cirúrgicas do idoso submetido à cirurgia ortopédica e discutir as demandas de necessidades de cuidados realizados pelo cuidador do idoso no pré e pós-operatório de cirurgia ortopédica. O estudo foi realizado de outubro de 2011 à novembro de 2012. Trata-se de um estudo exploratório – descritivo com abordagem quantitativa; tipo Survey.

O instrumento de coleta de dados compreendeu as variáveis:

idade, gênero, estado civil, profissão/ocupação, dependência econômica, participação na renda familiar, causas da internação e relação entre cuidadores e os indivíduos da pesquisa. A maioria dos participantes da pesquisa possuía idade entre 60 e 89 anos, sendo a média 69,6 anos, eram aposentados (60,0%), casados(56,7%), do gênero feminino (66,3%%), participantes ativos na renda familiar (69,2%) e economicamente dependentes (53,34%).

As causas da internação foram variadas com destaque para as:

fraturas de fêmur e quadril (12,0%), fraturas do rádio (6,40%), afecções articulares (12,8%), próteses de quadril e joelho (7,2%), lesões na coluna (1,6%) entre outras. Os dados apontaram que foram os familiares (90,0%) que representaram a figura de cuidador durante o período de hospitalização, seguidos dos amigos (6,7%). A pesquisa apontou ainda que, para as atividades: administrar medicamentos, realizar tarefas domiciliares, vestir-se, realizar higiene corporal, realizar atividades fora do lar, à demanda de necessidades de cuidadores dos idosos submetidos á cirurgia ortopédica aumentou. Constatou-se ainda que, o distúrbio traumato-ortopédico provoca uma incapacidade temporária, o que pode causar depressão e afastamento social desses idosos. Dessa forma, a presença do cuidador/familiar durante o processo de hospitalização e recuperação desses indivíduos, é importante fonte de ajuda e conforto e contribuem na manutenção da capacidade funcional desses indivíduos.(AU)