Estudo sobre as representações sociais acerca da equidade em saúde para a sociedade civil ligada à Tuberculose.

Os objetivos foram:

1) Identificar quais são os sentidos conferidos sobre equidade em saúde para sociedade civil; 2) Discutir as representações sociais da sociedade civil sobre a equidade em saúde no programa de controle da tuberculose. Estudo qualitativo, descritivo, exploratório, tendo a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico metodológico. Participaram da pesquisa quinze membros do Fórum de Organizações Não Governamentais TB do Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e submetidos à análise temática de conteúdo de Bardin. Como resultados, emergiram três categoriase duas subcategorias que representam a visão de equidade da sociedade civil estudada: Categoria 1: Equidade como a diminuição da desigualdade entre ricos e pobres; Categoria 2: Equidade é a garantia dos Direitos Humanos; Categoria 3: Equidade é acesso ao serviço de saúde.

Primeira Subcategoria:

Pouco conhecimento dos profissionais de saúde sobre a Tuberculose como uma importante barreira de acesso ao Programa; Segunda Subcategoria: Falha na humanização dos serviços como uma das barreiras de acesso ao PNCT. Como maiores dificuldades para o acesso ao PNCT, encontrou-se a falta de atendimento humanizado ao usuário, a desigualdade de classe social, questões raciais e a falta de conhecimentos técnicos sobre a tuberculose pelos profissionais da rede de serviços. Conclui-se que a equidade em saúde é reconhecida pela maioria dos participantes como um princípio que se relaciona com a diminuição das diferenças entre ricos e pobres na sociedade e com as oportunidades de acesso ao programa de Tuberculose. Todos os participantes reconheceram que a equidade é um princípio que deve nortear as políticas de saúde, porém, não a percebem na realidade cotidiana dos programas de Tuberculose.(AU)