Acolhimento com classificação de risco em emergência: relação de justiça com o usuário

Publication year: 2017
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Enfermagem Anna Nery to obtain the academic title of Mestre. Leader: Sauthier, Marta

Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, que utilizou o método da pesquisa-ação. Foram evidenciadas situações que ferem a autonomia do usuário em ACCR no setor de emergência, conforme Honneth. A partir do objeto de estudo – o reconhecimento do usuário com base na concepção de justiça e injustiça em Acolhimento com Classificação de Risco em setor de emergência – construíram-se os seguintes objetivos: descrever a concepção de justiça de enfermeiros e usuários na Classificação de Risco em emergência; analisar a concepção de justiça na implementação da Classificação de Risco na emergência a partir do reconhecimento do usuário; discutir, a partir da Teoria do Reconhecimento de Axel Honneth com base na moral social, a justiça com o usuário na Classificação de Risco em unidade de emergência. Assim, emergiram quatro categorias: autonomia/liberdade versus heteronomia/subordinação; comunicação versus problemas hermenêuticos; justiça versus injustiça; contribuições versus conflitos. A partir dos resultados, pudemos observar que foi possível interferir naquele cenário e pactuar com a concepção de justiça em ACCR, proposta pelo Ministério da Saúde. Este estudo buscou estabelecer condições para que o usuário seja mais ouvido e atuante como multiplicador de estratégias para que este dispositivo funcione melhor, atendendo as demandas dos próprios usuários a partir de relações mais firmes de amor, solidariedade e direitos entre si, enfermeiros e toda a equipe multiprofissional e colaborou efetivamente com a construção de um ambiente justo, com uma ética que valorize a vida humana. Na Teoria de Honneth, a justiça emerge a partir do momento em que haja o reconhecimento da autonomia do outro e, para tanto, a abertura de espaços dialogais torna-se essencial para que o usuário seja contemplado como sujeito de direito.(AU)

More related