Avaliação do tratamento das fraturas mandibulares com fixação interna por meio de miniplacas de um sistema de 2, 0 mm. Estudo clínico e radiográfico
Open reduction and internal fixation of mandibular fractures with a 2.0mm miniplate system. Clinical and radiographic study

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Odontologia de Araçatuba to obtain the academic title of Doutor. Leader: Marcantonio, Elcio

Foram avaliados retrospectivamente 191 pacientes, com um total de 280 fraturas mandibulares, tratados pela equipe da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP, no período de janeiro de 1990 a novembro de 1998. Todas as fraturas mandibulares avaliadas foram fixadas por meio de sistema de miniplacas e parafusos de 2,0 mm de diâmetro, de origem nacional, segundo a disposição proposta pelo método AO/ASIF para sistemas mais rígidos. O acompanhamento pós-operatório variou de 6 meses a 8 anos, com média de 21,92 meses. Foi observada, para essas fraturas, incidência de 7,85% de infecções pós-operatórias, com elevação para 18,98% quando consideradas apenas as fraturas do ângulo mandibular. Considerando-se 112 pacientes, com 168 fraturas, dentro da população citada, foi possível encontrar as seguintes complicações pós-operatórias: necessidade de remoção de material de fixaçao em 6,7% dos casos; parestesia do nervo mentoniano em 31,52% e deficiência motora discreta do ramo marginal mandibular do nervo facial em 2,56% dos pacientes. Assimetria facial encontradaa em 2,67% dos casos, tendo ocorrido união fibrosa em 0,59% e má-união em 1,09 das fraturas. A abertura bucal média final foi de 42,08mm, variando entre 32 e 56mm. Dessa forma, foi possível concluir que o método empregado foi adequado para o tratamento de fraturas mandibulares na população estudada, sendo que as incidências de complicações encontradas são compatíveis com aquelas obtidas com o uso de métodos mais rígidos de fixação, inclusive no tocante às infecções. Porém, o método utilizado não está indicado para o tratamento de fraturas cominutivas, principalmente as do ângulo mandibular; para as fraturas em mandíbulas exageradamente atróficas, nem para as fraturas sinfisárias grosseiramente deslocadas associadas com fraturas do ângulo ou corpo mandibular. Dentes erupcionados, posicionados na linha de fratura, que sejam úteis, devem ser mantidos. Terceiros molares semi-erupcionados devem ser removidos, geralmente após fixação da fratura, enquanto que aqueles totalmente inclusos podem ser mantidos, se esse for o caso
The author retrospectively evaluated 191 patients, with 280 mandibular fractures, from the Oral and Maxillofacial Surgery Division of the Dental School at Araraquara, UNESP, operated during the period of January, 1990 to November 1998. All studied fractures were treated by open reduction and internal fixation with a 2.0 mm miniplate system, positioning the plates according to the disposition suggested by AO/ASIF for more rigid systems. Mean follow-up was 21.92 months, varying from 6 months to 8 years. Infection occurred in 7.85% of the studied fractures, increasing to 18.98% when only mandible angle fractures were considered. In 112 patients with 168 fractures, from that population, the following postoperative complications were observed: removal of fixation material was needed in 6.7% of the cases; hyposensibility in the distribuition of the mental nerve occurred in 31.52% of the patients and partial motor deficit of the marginal mandibular branch of the facial nerve was seen in 2.56% of the patients. Facial assimetry was observed in 2.67% of the cases, whereas fibrous union was found in 0.59% and malunion in 1.19% of the fractures. Mean interincisal opening was 42.08 mm, varying from 32 to 56 mm. Results allowed to conclude that the fixation method was suitable for treatment of mandibular fractures in the studied population and the complications were compatible with those found when more rigid methods are used. However, the studied technique should not be used in the case of significant cominution; exaggerated mandibular atrophy or grossly dislocated symphyseal fractures associated with angle or condyle fractures. Erupted teeth in the line of fracture that are useful should be preserved. Partially erupted third molars should be removed, usually after fixation of the fracture, while totally impacted third molars can be left in position if desired

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