Avaliar e quantificar, in vitro e in vivo, o efeito remineralizador de produtos fluoretados e antimicrobianos sobre lesões de mancha branca adjacentes ao bráquete ortodôntico.

Materiais e métodos:

Para o estudo in vitro, bráquetes ortodônticos metálicos foram colados em 30 pré-molares hígidos que foram submetidos a indução artificial de mancha branca e divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=10): controle (GC), verniz fluoretado (VF) e clorexidina gel 2% (CHX). O processo de des-remineralização dos dentes foi quantificado por QLF (Quantitative Light-Induced Fluorescence) utilizando-se os valores de Delta F, %. Para o estudo in vivo foram selecionados trinta pacientes adolescentes (n=56 lesões) com idade media de 17.2 ± 2.3 anos, alocados aleatoriamente em três grupos: verniz fluoretado (VF), clorexidina gel 2% (CHX) ou pasta dental fluoretada – controle (CO). O processo de des-remineralização dos dentes foi avaliado e quantificado pelo exame visual com critérios Nyvad (NY) e DIAGNOdent Pen 2190 (DDpen). Tanto para o estudo in vitro quanto para o in vivo, os respectivos produtos foram aplicados sobre as lesões de mancha branca duas vezes, com intervalo de uma semana.

Resultados:

No estudo in vitro observou-se um aumento nos valores de fluorescência (Delta F, %) nos três grupos, sendo que as lesões tratadas com verniz fluoretado apresentaram uma resposta mais favorável à remineralização. No in vivo, os resultados evidenciaram uma diminuição nos valores de fluorescência nos três grupos durante todo o período experimental, e assim como no in vitro, as lesões tratadas com verniz fluoretado apresentaram uma resposta mais rápida e favorável à remineralização (teste t, p<0.0001). Após 3 meses, o grupo CHX foi semelhante ao CO e ambos diferentes de VF (ANOVA, p<0.05). Concluiu-se que duas aplicações de verniz fluoretado são suficientes para remineralização de lesões de mancha branca com controle de 3 meses, sempre que complementadas com adequada higiene oral