Áreas verdes urbanas e saúde mental

Publication year: 2016
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social to obtain the academic title of Mestre. Leader: Junger, Washington Leite

Nas últimas décadas houve um crescimento acentuado da população urbana, fenômeno que ocorreu principalmente nos países em desenvolvimento. O ambiente físico é um fator que afeta a saúde nas cidades e o processo rápido de urbanização acabou levando a degradação deste ambiente. Estudos sugerem que áreas verdes urbanas geram benefícios para a saúde mental de seus residentes. Este trabalho tem como objetivo avaliar a associação entre áreas verdes no ambiente urbano e a ocorrência de transtornos mentais comuns (TMC). Para isso foi realizado um estudo transversal utilizando os dados da terceira onda de um estudo de coorte prospectivo, realizado entre funcionários técnico-administrativos do quadro efetivo de uma universidade pública do Estado do Rio de Janeiro, o estudo Pró-Saúde. A variável de desfecho foi estimada através do escore do General Health Questionnaire (GHQ-12). A variável de exposição foi medida através do Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) e calculada dentro de buffers construídos em torno da residência de cada participante. Foi feita uma análise estatística através de um modelo de regressão logístico.

O modelo foi ajustado por:

sexo, idade, renda liquida, número de dependentes, grau de escolaridade, atividade física e uma variável de correção para áreas azuis. Após estes ajustes, observou-se associação negativa e estatisticamente significativa entre o NDVI máximo e a ocorrência de TMC, nos buffers de 200 metros (segundo quartil), 1000 metros (terceiro quartil) e 1500 metros. Os resultados do estudo sugerem que existe uma associação inversa entre a exposição às áreas verdes e a ocorrência de transtornos mentais comuns

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