Acompanhamento por telefone no pós-alta hospitalar de idosos hipertensos: estudo piloto randomizado
Publication year: 2015
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal Fluminense. Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa to obtain the academic title of Mestre. Leader: Espírito Santo, Fátima Helena do
Estudo piloto randomizado que teve como objetivos analisar a associação da intervenção acompanhamento por telefone com a adesão terapêutica de idosos com hipertensão arterial sistêmica no pós alta e o evento readmissão hospitalar. Os participantes foram idosos com idade de 60 anos ou mais, internados nas enfermarias de clínica médica de um Hospital Universitário mediante os seguintes critérios de inclusão: ter diagnóstico médico de hipertensão arterial e aparelho telefônico; e de exclusão: capacidade funcional totalmente dependente de acordo com o Index de Katz; Mini Exame do Estado Mental com escore ≤ a 24; transferência de setor.
Para descontinuidade:
participantes que não atenderam 75% das chamadas telefônicas; óbito no intra-hospitalar. Para alocação aleatória simples foi utilizada uma tabela de randomização aleatória sem reposição do software Bioestat® 4.0. O grupo controle foi composto por 17 participantes e o grupo experimento por 12 participantes. Após a alta hospitalar os pacientes do grupo experimento foram acompanhados por telefone durante 3 meses e o grupo controle recebeu apenas 1 ligação após 3 meses da alta hospitalar. Para a análise estatística dos dados utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS) 18.0.Os dados categóricos foram expressos em frequência e percentual e os dados numéricos em medidas de tendência central:
média e mediana; e de dispersão: ± DP; mínimo e máximo; coeficiente de variação. A média de idade 73,6 anos (±8,9) para o grupo controle e 69,2 anos (±7,0) para o experimento. A média de dias de internação foi de 13,5 dias para o grupo controle e 21 dias para o grupo experimento.As intervenções que mais se destacaram foram:
aconselhamento, escutar ativamente, apoio emocional, suporte à família e encaminhamento. Os participantes do grupo controle levaram em média 34,2 dias para retornar ao serviço de saúde após a alta, e no grupo experimento em média 46,9 dias. ocorreram cinco óbitos de idosos, sendo três no grupo controle e dois no grupo experimento e três reinternações para ambos os grupos. Os óbitos registrados foram por doença cardiovascular (arritmia) e doença neurológica no grupo controle, doença cardiovascular e doença geniturinária no grupo experimento. Não houve registro de demanda espontânea, entretanto foi relatado satisfação durante o acompanhamento. Conclui-se que o acompanhamento pos alta é uma tecnologia viável de ser empregada na atenção ao idoso hiperterso por favorecer a proximidade e o suporte necessários que podem propiciam mais segurança na adesão e seguimento do tratamento com reflexos na prevenção e identificação de complicações que levam ao evento reinternação hospitalar
Randomized pilot study that aimed to analyze the association between intervention follow-up by phone with the adherence of elderly patients with hypertension in the post and high hospital readmission event. Participants were seniors aged 60 or older, admitted to the medical wards of a university hospital by the following inclusion criteria: having medical diagnosis of hypertension and handset; and exclusion: functional capacity totally dependent according to the Index of Katz; Mini Mental State Examination with a score ≤ 24; sector transfer.