Saúde bucal em crianças e adolescentes com Síndrome de Down: avaliação de indicadores clínicos e da escala de saúde bucal para pessoas com Síndrome de Down
Oral health in children and adolescents with Down syndrome: Evaluation of clinical indicators and the Oral Health Scale for People with Down's Syndrome

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Inglés presented to the Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader: Paiva, Saul Martins de

Avaliar a influência dos indicadores clínicos e das características sociodemográficas na percepção de saúde bucal dos cuidadores de indivíduos com SD, além de comparar aspectos relacionados à saúde bucal entre crianças e adolescentes com SD e um grupo de crianças e adolescentes sem a síndrome. Pais/cuidadores de 288 indivíduos com e sem SD com idade entre quatro e 18 anos e seus filhos, foram convidados a participar do estudo. Os pais/cuidadores preencheram um questionário contendo informações sociodemográficas e informações sobre as variáveis de comportamento relacionado à saúde bucal de seus filhos, e responderam a Escala de Saúde Bucal para Pessoas com Síndrome de Down. O exame físico intrabucal das crianças/adolescentes foi realizado para avaliar a experiência de cárie dentária, doença periodontal e má oclusão. Após a análise descritiva, o teste qui-quadrado foi empregado. As variáveis que apresentaram um nível de significância (p < 0,25) foram incorporadas no modelo final da regressão de Poisson. Os testes McNemar e Wilcoxon foram empregados para comparar as variáveis de comportamento de saúde bucal e variáveis clínicas entre os grupos. Dentre os cuidadores 55,1% apresentaram uma percepção positiva da saúde bucal do seu filho. Cuidadores de indivíduos entre 4 e 9 anos e com má oclusão definida apresentaram mais chances de relatar uma percepção mais negativa da saúde bucal do seu filho (OR = 1,13; CI = 1,04-1,23; p = 0,003 e OR = 1,14; CI = 1,00-1,31; p = 0,047, respectivamente). A comparação entre os grupos mostrou que crianças/adolescentes sem SD realizam a escovação dentária mais vezes ao dia (p < 0,001), assim como têm uma maior frequência de ingestão de açúcar diária (p = 0,048). As crianças/adolescentes do grupo SD tiveram maior presença de sangramento gengival durante o exame clínico (p < 0,001) e apresentaram maior número de casos de “má oclusão severa” e “má oclusão muito severa” (p = 0,045), porém não foi encontrada diferença na prevalência da doença cárie entre os dois grupos. A idade e a gravidade da má oclusão foram indicadores de uma percepção mais negativa dos cuidadores quanto à saúde bucal de seus filhos com SD. As crianças/adolescentes do grupo SD tiveram maior presença de sangramento gengival durante o exame clínico e apresentaram maior necessidade de tratamento ortodôntico quando comparadas com o grupo de crianças/adolescentes sem a síndrome.(AU)
To evaluate the influence of clinical indicators and sociodemographic characteristics on the caregivers’ perception of oral health of individuals with DS through the Brazilian version of the Oral Health Scale for People with Down Syndrome and to compare aspects related to oral health among children and adolescents with DS and children and adolescents without the syndrome. Parents/caregivers of 288 individuals with and without SD aged 4 to 18 years and their children were invited to participate in the study. The parents/caregivers completed a questionnaire containing sociodemographic data and information on the behavioral variables related to the oral health of their children, and answered the Oral Health Scale for People with Down Syndrome. Intraoral oral examination of the children/adolescents was performed to evaluate the experience of dental caries, periodontal disease and malocclusion. After the descriptive analysis, the chi-square test was used to evaluate the association between the Scale of Oral Health for People with Down Syndrome, sociodemographic criteria and clinical indicators. The variables that presented a level of significance (p < 0.25) were incorporated into the final Poisson regression model. The McNemar and Wilcoxon tests were used to compare the variables of oral health behavior and clinical variables between the groups. Among that caregivers 55.1% presented a positive perception of their child’s oral health. Caregivers of 4- to 9-yearolds with defined malocclusion were more likely to report a more negative perception of their child’s oral health (p = 0.003 and p = 0.047, respectively). The comparison between the groups showed that children/adolescents without DS perform toothbrushing more times a day (p < 0.001), as well as have a higher frequency of daily sugar intake (p = 0.048). Children/adolescents with DS had a greater presence of gingival bleeding during the clinical examination (p <0.001) and presented a greater number of cases of "severe malocclusion" and "very severe malocclusion" (p = 0.045). There was no difference in the prevalence of dental caries disease between the groups. The age and the severity of malocclusion were indicators of a more negative perception of the caregivers regarding the oral health of their sons/daughters. Children/adolescents with DS had a greater presence of gingival bleeding during the clinical examination and presented greater need for orthodontic treatment when compared to children/adolescents without the syndrome.(AU)

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