Fatores ambientais e autoavaliação de saúde: análise multinível a partir do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para DCNTs' em uma área urbana

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader: Velásquez Meléndez, Jorge Gustavo

A autoavaliação da saúde mede o nível do estado de saúde individual, sendo considerado um indicador composto por várias dimensões que engloba aspectos físicos, mentais, e bem-estar social da população. Os fatores individuais tendem a ser o principal determinante na autoavaliação da saúde seguido por outros fatores como o ambiente social e físico. O objetivo deste trabalho foi avaliar os fatores ambientais e individuais associados à autoavaliação de saúde em adultos residentes no município de Belo Horizonte, Minas Gerais (sudeste do Brasil). Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, realizado com indivíduos com ≥18 anos de idade residentes em Belo Horizonte, Minas Gerais. Utilizou-se a base de dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e de Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico nos anos de 2008 a 2010.

Foram definidos dois desfechos:

a declaração de saúde como ruim e muito ruim, e muito ruim. Para caracterizar o ambiente físico e social utilizaram-se dados georreferenciados dos locais públicos e privados para prática de atividade física, estabelecimentos de vendas de alimentos saudáveis, não saudáveis e mistos, densidade residencial e populacional, taxa de homicídio, renda total das áreas de abrangência em quintil e o índice de vulnerabilidade em saúde. Como unidade de análise foi utilizada as Áreas de Abrangência das Unidades Básicas de Saúde (AA-UBS). Para a análise dos dados foi utilizado à regressão multinível. Foram avaliados 5.779 adultos, desses 3,4% avaliaram sua saúde como ruim ou muito ruim e 0,8% declaram ter autoavaliação muito ruim da saúde. Observou-se variabilidade da autoavaliação de saúde ruim entre as áreas de abrangência. Os dados mostraram, após ajuste pelas variáveis individuais e comportamentais, que a maior renda entre as AA-UBS diminuíram a chance da avaliação negativa da saúde.

Conclusão:

Fatores individuais, comportamentais e a renda entre as AA-UBS podem influenciar a avaliação positiva da autoavaliação da saúde.(AU)
The self-rated health measures the level of individual health status, being considered an indicator composed of several dimensions that involve physical, mental, and social well-being of the population. Individual factors tend to be the main determinant in the perception of health followed by other factors such as the social and physical environments. The aim of this study was to evaluate the environmental and individual factors associated with the perception of health in adults living in the municipality of Belo Horizonte, Minas Gerais (southeastern of Brazil). This is a cross-sectional epidemiological study conducted with individuals with ≥18 years, living in Belo Horizonte, Minas Gerais. The database of the Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e de Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico was used from 2008 to 2010.

Two outcomes were defined:

the declaration of health as bad and very bad, and very bad. To characterize the physical and social environments, it’s used georeferenced data from public and private places for physical activity, healthy, unhealthy and mixed food sales establishments, residential and population density, homicide rate, total income from coverage areas in quintile and the health vulnerability index. As a unit of analysis, the Coverage areas of Health Units (CA-BU) were used. Data analysis was used for multilevel regression. A total of 5,779 adults were evaluated, of whom 3.4% rated their health as bad or very bad and 0.8% reported having very bad health perception. Variability on the perception of negative self-rated health among the areas analyzed was observed. The data showed, after adjusting for the individual and behavioral variables, that the higher income among CA-HU decreased the chance of negative health evaluation.

Conclusion:

Individual, behavioral and income factors among CA-HU can influence the positive evaluation of health perception.(AU)

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