A orientação da não amamentação para mulheres HIV positivo é uma das estratégias preconizadas pelo Ministério da Saúde no Brasil para a diminuição da transmissão vertical .

Este estudo teve como objetivo desvelar o fenômeno:

as mães HIV Positivo e a orientação de não amamentar. O estudo foi realizado em um município da região metropolitana da Grande São Paulo em um ambulatório de atenção à criança. A metodologia utilizada foi qualitativa, com a abordagem fenomenológica social. Para a análise dos discursos utilizaou-se o modelo proposto por Martins & Bicudo (1994) e para a análise compreensiva e interpretativa da essência estruturada com dezessete mulheres, que tinham diagnóstico de HIV positivo ou indeterminado (falso positivo devido a razões biológicas, ou verdadeiro positivo de uma infecção recente cujos anticorpos não estão plenamente desenvolvidos). Os depoimentos foram coletados no período de novembro de 2002 a agosto de 2003. As idades variaram entre 18 e 39 anos. Oito delas eram donas de casa, e as outras trabalhavam fora do domicílio. Os resultados nos sugerem o aparente medo da discriminação diante da cobrança social para que amamentem, assim como, a dor e a angústia frente a orientação do profissional de saúde para não fazê-lo tornando esta vivência penosa e solitária. Espera-se que este estudo contribua para que profissionais de saúde revejam suas práticas de orientar gestantes e mães HIV Positivo sobre a alimentação infantil