Parceiro sorodiscordante na infecção pelo hiv: o uso do preservativo na prática sexual preventiva

Publication year: 2006
Theses and dissertations in Portugués presented to the São Paulo(Estado) Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Programa de Pós-Graduação em Ciências to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Introdução:

atualmente a transmissão sexual do HIV é a principal forma de contaminação da doença em todo o mundo, com formação de pares sorodiscordantes.

Objetivo:

verificar adesão ao uso do preservativo nas práticas sexuais dos parceiros HIV negativos durante seis meses.

Método:

estudo transversal prospectivo, realizado com os clientes soronegativos para o HIV, atendidos no ambulatório dos vulneráveis (AV) do IIER, São Paulo. Foi realizada a primeira entrevista no período de julho de 2002 a outubro de 2003 e após intervenção comportamental com seguimento de seis meses, foi aplicada a segunda entrevista, no período de janeiro de 2003 a abril de 2004. Os dados foram coletados através de um questionário estruturado, sendo aplicado o mesmo para as duas entrevistas. Foram excluídos do estudo menores de 18 anos e os faltosos na segunda entrevista. Para a análise estatística foram aplicados os testes de Qui-quadrado, exato de Fischer e McNemar.

Resultados:

foram acompanhados 19 (31,66%) homens e 41 (68,33%) mulheres. A média de idade foi de 34 anos; em relação a escolaridade, 40% tinham até o primeiro grau, 51,67% o segundo e 8,33% nível universitário. Encontrou-se diferenças significativas entre os sexos, sendo que entre oshomens há mais solteiros (p=0.046); mais homo/bissexual (p=0.031); fatores de risco múltiplos (p=0.010) e mais de um parceiro sexual sem preservativo na primeira (p=0.002) e na segunda (p=0.023) entrevista. Entre as mulheres verificou-se maior tempo de relacionamento (p=0.011). Foi verificado associação estatística entre o uso regular do preservativo e maior freqüência de rompimento (p=0.006) na primeira entrevista; o uso irregular do preservativo e fator de risco múltiplo na primeira entrevista (p=0.009); o não uso do mesmo e fator de risco múltiplo (p=0.015) e mais de um parceiro sexual (p=0.003) na segunda entrevista. Ocorreu mudança significativa no uso do preservativo após a intervenção comportamental (p<0.001), e melhora na adesão em ...
VIH

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