A Central de Sorologia Alternativa existe no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) sob iniciativa e administração da equipe de enfermagem há quase quinze anos e, nunca foi avaliada no que se refere aos números envolvidos (atendimentos, distribuição por sexo e idade, resultados sorológicos etc), e quanto à qualidade do serviço prestado, além da sua concordância com as recomendações preconizadas pelas autoridades sanitárias e técnico-profissionais. A metodologia do estudo dividiu-se em duas etapas, a saber: Etapa I ± análise retrospectiva dos cadernos de registro (n.o informatizados) utilizados para documentação administrativa dos clientes e; Etapa II ± prospectiva, baseada em entrevistas realizadas com clientes atendidos em março e abril de 2005.

Resultados:

A Etapa I revelou um total de 15.542 clientes com atendimento documentado entre 1991 e dezembro de 2004. Houve subnotificação em virtude de documentos extraviados, anotações incompletas, etc. Verificou-se um predomínio de clientes do sexo masculino (54,7%), sendo a faixa etária entre os 19 e 45 anos de idade (73,2%). Houve diferença estatisticamente significante entre a positividade da sorologia nos dois gêneros (13,7% dentre os homens e 16,0% nas mulheres). Na Etapa II foram entrevistados 93 clientes. Apenas 34 (36,5%) pacientes disseram ter sido a primeira vez que realizaram o teste para HIV, ou seja, a maioria (63,5%) estava repetindo voluntariamente a sorologia. O serviço do IIER foi a referência indicada por familiares e amigos em 78 (83,8%)casos. O atendimento foi considerado como rápido por 88 (94,6%) clientes. A privacidade prevaleceu segundo a opinião de 86 (92,4%) pacientes. Oitenta e oito (94,6%) clientes referiram ter recebido orientações sobre os meios de prevenção da aids e DST. O profissional enfermeiro foi identificado por apenas 15 (16,1%)dos entrevistados no momento do pré-teste e por 29 (31,1%) no pós-teste. Ao final, 92 (98,9%) clientes recomendariam o CSA-IIER de maneira...