Este relato descreve uma das minhas experiências de estágio realizada no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre. Escolhi este tema, pois o mesmo me fez reconhecer a dificuldade da equipe de técnicos em enfermagem na assistência a pacientes terminais e no conforto aos familiares neste momento de perda e luto. A morte é um evento do cotidiano da equipe de saúde, no entanto torna-se difícil enfrentar a situação de assistência a pacientes terminais, pois a mesma obriga a encarar a finitude humana. Neste contexto de atenção, o técnico em enfermagem precisa considerar a necessidade de incorporar no seu trabalho, além dos aspectos técnicos, o aspecto psico-espiritual e emocional, voltando-se principalmente para a humanização do atendimento, notadamente importante para estes pacientes terminais e seus familiares. Também é importante que os técnicos em enfermagem participem das orientações aos pacientes e familiares, facilitando a convivência e minimizando a dor da separação iminente, proporcionando ainda privacidade dentro do possível. Os cuidados paliativos se baseiam no conforto, alívio à dor e melhora da qualidade de vida aos pacientes sem possibilidade de cura. É imprescindível que as instituições de saúde capacitem seus profissionais com este enfoque para que o sistema brasileiro de saúde mude sua abordagem, incorporando mais dignidade a pacientes em estado terminal.