O objetivo deste trabalho é debater sobre a invasão da privacidade física na assistência de enfermagem em um setor de Urgência e Emergência de um hospital de grande porte da cidade de Porto Alegre; e com isso, contribuir para a melhor compreensão das práticas assistenciais que vem sendo desenvolvidas no contexto hospitalar. Além disso, esse trabalho busca, também, apontar fatores que, sob meu ponto de vista, favorecem a fragilidade e vulnerabilidade do paciente neste contexto. Trata-se de um relato de experiência acerca de minha vivência,enquanto aluna bolsista do curso Técnico em Enfermagem junto ao setor de Urgência e Emergência do referido hospital; quando percebi notável desconforto e constrangimento por parte dos pacientes assistidos diante da intromissão do cuidador em relação as suas privacidades físicas, que, mesmo sendo por vezes necessária, se deu, muitas vezes, de forma inadequada. Diante disto, procura-se discutir a respeito da conduta e postura ética dos profissionais de enfermagem frente à assistência a pacientes hospitalizados, particularmente, no referente à manipulação e exposição corporal, sendo, nesse âmbito, necessário uma assistência humanizada para proporcionar um cuidado digno. Para muitos pacientes, privacidade está interconectada com dignidade e respeito; logo, o respeito a essa privacidade, demanda um cuidado ético,humano, íntegro, digno, que observe o pudor e a autonomia dos indivíduos assistidos.