Transtornos de personalidade: história do conceito e controvérsias atuais
Personality disorders: history of the concept and current controversies
Publication year: 2015
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social to obtain the academic title of Mestre. Leader: Bezerra Junior, Benilton Carlos
Este trabalho tem como objetivo analisar a estruturação do diagnóstico de Transtorno de Personalidade. Inicialmente, o trabalho percorre o território conceitual com o qual, desde sua origem na passagem do século XVIII para o XIX, a psiquiatria procurou nomear, explicar e compreender as personalidades consideradas anormais. Em seguida promove-se uma discussão acerca das concepções de personalidade, normalidade e patologia que circunscrevem a categoria, orientada a partir do estudo de seus diferentes modelos diagnósticos presentes no DSM-5. Por fim busca-se compreender a relevância atual do diagnóstico de transtorno de personalidade através da análise de alguns exemplos de seu uso em contextos médico, legal e literário. O objetivo é o de entrever o lugar ocupado por esse diagnóstico, especialmente o do tipo Antissocial, no imaginário cultural presente
This work analyzes the processes through which the diagnosis of personality disorder has been structured. First, it covers the conceptual territory through which, from its origin in the passage of the eighteenth century to the nineteenth, psychiatry sought to name, to explain and to understand the so called abnormal personalities. This first step is followed by comments on the concepts of personality, normality and pathology that take part in the construction of this psychiatric category as it exists today. In order to do this, the structure of different diagnostic models present in the DSM-5 is analyzed. Finally, we seek to understand the current relevance of the diagnosis of personality disorder by taking into consideration examples of its use in medical, legal and literary contexts, in order to shed some light over the place occupied by this diagnosis, especially the anti-social type, in today’s cultural landscape