Efeitos adversos da expansão rápida da maxila nos tecidos dentários e de suporte de indivíduos jovens com fissura labiopalatina unilateral

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader: Dominguez Morea, Gladys Cristina

O presente estudo teve por objetivo a avaliação das consequências da expansão rápida da maxila em indivíduos com fissura labiopalatina unilateral nos seguintes desfechos:

rizogênese, reabsorção radicular, espessura da tábua óssea e deiscência. Este estudo de coorte prospectivo foi composto por 30 participantes, sendo 20 homens e 10 mulheres, entre 8 e 15 anos. Os participantes foram alocados em 3 grupos, conforme o tipo de atresia maxilar, e tratados com diferentes tipos de aparelho expansor: G1, Hyrax; G2, Expansor em Leque; G3, Mini-Hyrax Invertido. Foram realizadas Tomografias Computadorizadas de Feixes Cônicos imediatamente antes do tratamento e 90 dias após contenção do aparelho. Medições lineares foram obtidas pelo mesmo examinador cegado. A estatística inferencial dos dados, após testes de normalidade e homogeneidade, foi realizada pela análise de regressão multinível. As raízes que apresentavam o ápice aberto ao início do tratamento demonstraram um aumento estatisticamente significante após o tratamento. Em contrapartida, não houve alterações significativas no comprimento radicular das raízes que apresentavam o ápice fechado no início do tratamento. Uma diminuição significativa da espessura da tábua óssea vestibular, bem como um aumento significativo da deiscência pode ser observado. Não houve diferença significante entre o lado com e sem a fissura para todas as variáveis apresentadas, assim como não houve diferença entre os grupos. Os achados neste estudo permitem concluir que as forças ortopédicas da expansão rápida da maxila não são capazes de interromper o processo de desenvolvimento radicular, tampouco causar reabsorção radicular apical externa significativa em indivíduos com fissura labiopalatina unilateral. Contudo, uma diminuição significativa de volume ósseo vestibular posterior é esperada, mas não deve ser considerada importante clinicamente.

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