Eficácia da laserterapia e da laseracupuntura no tratamento de parestesia em pacientes submetidos à cirurgias de implantes e extração de terceiros molares inferiores

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Doutor. Leader: Silva, Patrícia Moreira de Freitas Costa e

Extrações de terceiros molares inferiores e colocações de implantes são cirurgias comuns na prática clínica Odontológica que podem proporcionar, mesmo com as devidas precauções, a parestesia. A terapia de fotobiomodulação com laser de baixa potência estimula a reparação tecidual a partir da absorção dessa luz pelo tecido irradiado. Essa terapia pode ser realizada com a aplicação do laser sobre trajetória do nervo comprometido (laserterapia) ou, sobre pontos de acupuntura da face (laseracupuntura). Este ensaio clínico randomizado, cego, controlado, em paralelo, avaliou o retorno sensitivo do nervo alveolar inferior quando utilizadas uma das duas técnicas de fotobiomodulação em pacientes com parestesia, pós-extração de terceiros molares inferiores ou cirurgia de implantes. Foram selecionados 60 participantes que tiveram a deficiência sensitiva, após o procedimento cirúrgico, acometendo o nervo alveolar inferior. Os participantes da pesquisa foram aleatoriamente divididos em três grupos (n=20): Grupo 1 - medicação sistêmica - composto de ribonucleotídeos pirimidínicos, uridina trifosfato trissódio, citidina monofosfato dissódio (ETNA®, 01 cápsula de 8/8 hrs, 30 dias); Grupo 2 - laserterapia - 808 nm, 100 mW, 40s/ponto, 4 J de energia/ponto, distância de 1 cm entre cada ponto de irradiação, intra e extra-oral, modo contínuo, diâmetro do feixe de 0,0434 cm2 no trajeto do laser alveolar inferior lado comprometido; Grupo 3 - laseracupuntura - irradiação nas mesmas condições que grupo 2, porém apenas na região extra-oral, nos pontos de acupuntura do lado comprometido: E-4 (dicang), M-CP-18 (Jiachengjiang), VC-24 (chengjiang), E-5 (daying), E-6 (jiache) e ponto A1 (YNSA). Em seguida, foram submetidos a um protocolo padronizado de avaliação, que consistiu em 6 testes de limiares de: percepção de parestesia; térmica ao quente/frio; percepção mecânica vibratória; discriminação de dois pontos; percepção de superfície de dor e tatil. A avaliação do grupo 1 foi realizada na primeira sessão clínica (pré-intervenção terapêutica), imediatamente após a finalização da intervenção da medicação sistêmica (após 4 semanas) e 1 mês após o término das intervenção (após 8 semanas da primeira avaliação). Os Grupo 2 e 3 foram avaliados na primeira sessão clínica (pré-intervenção terapêutica), após 10 sessões de tratamento (5 semanas) e após 20 sessões de tratamento (10 semanas da primeira avaliação). Os dados coletados nas avaliações foram transcritos para fichas específicas e considerados para análise estatística. O único limiar que apresentou efeito de interação entre grupo e tempo (primeira, segunda e terceira avaliação) foi o limiar de percepção de parestesia, p=0,002.

A partir de Tukey foi constatada diferença estatistica significante entre os grupos nos testes de limiares de percepção:

térmica ao frio (grupo 1=3; 1 ?2; 2=3), p=0,04; de superfície de dor na mucosa anterior (grupo 1=2=3), p=0,04; corpo mandibular posterior (grupo 1=2; 1?3,2=3), p=0,01; lábio (grupo 1=2;1?3; 2?3), p=0,04; e mento (grupo 1=2;1?3;2?3), p=0,05. Não foram encontradas outras diferenças significativas nos outros testes de comparação de grupo. Tais resultados apontam que ambas as terapias de fotobiomodulação foram benéficas no tratamento de parestesia.

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